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Polícia

Jornal: Paulo Vieira pagou dívida do carro de irmão de Rosemary

3 dez 2012 - 09h18
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O grupo comandado por Paulo Vieira pagou uma dívida de licenciamento de R$ 2,3 mil de um carro do irmão de Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo. Relatórios da Operação Porto Seguro mostram que um irmão do diretor afastado da Agência Nacional de Águas (ANA) fez um pagamento em dinheiro para regularizar o Chevrolet Corsa 96/97 de Edson Lara Nóvoa. O pagamento faz parte de uma série de favores que Vieira teria prestado a Rose em troca de reuniões com autoridades e indicações para cargos no governo. Rose pediu o favor em 19 janeiro de 2009. Vieira entrou em contato por e-mail com a funcionária de um serviço de despachantes, com os dados do carro de Edson. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Segundo uma mensagem interceptada pela PF, a dívida para o licenciamento referente ao ano de 2008 era de R$ 2.335,36. "O meu irmão Marcelo irá levar o dinheiro para você amanhã. Vamos fazer o pagamento à vista", escreveu Vieira à funcionária. Marcelo seria o responsável pelos pagamentos feitos pelo grupo. Em 29 de janeiro, Vieira informou que o documento do carro estava pronto e se ofereceu para enviá-lo à casa de Edson. Rose sugeriu que o documento fosse entregue a ela dentro do gabinete da Presidência em São Paulo, mas o relatório da PF não informa se isso ocorreu. "Bjokas e obrigada vc é meu irmão... conte comigo sempre que precisar!", escreveu Rose a Paulo, em agradecimento.

Operação Porto Seguro

Deflagrada em 23 de novembro de 2012, a operação Porto Seguro, da Polícia Federal, investiga um esquema de favorecimento de interesses privados em processos públicos. As agências nacionais de Transportes Aquaviários (Antaq), de Águas (ANA), e de Aviação Civil (Anac), a Advocacia-Geral da União (AGU), a Secretaria do Patrimônio da União (SPU), o Tribunal de Contas da União (TCU), a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e o Ministério da Educação (MEC) estão entre os órgãos envolvidos na operação.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas cidades de Cruzeiro (SP), Dracena (SP), Santos (SP), São Paulo e Brasília. Dezoito pessoas foram indiciadas suspeitas de participação no esquema, entre elas a chefe de gabinete da Presidência em São Paulo, Rosemary Novoa de Noronha, e o advogado-geral adjunto da União, José Weber de Holanda Alves.

As investigações apontam que os acusados cometeram crimes de corrupção ativa e passiva, tráfico de influência, falsidade ideológica, falsificação de documento particular, violação de sigilo funcional e formação de quadrilha. A presidente Dilma Rousseff determinou a exoneração ou afastamento de todos os servidores envolvidos.

Fonte: Terra
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