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Polícia

Garcia: operação Porto Seguro não afeta imagem de Dilma

27 nov 2012 - 21h24
(atualizado às 22h48)
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O assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, afirmou nesta terça-feira que a operação Porto Seguro não terá impacto negativo na imagem da presidente Dilma Rousseff. "Nenhum investimento vai ser afetado por isto. A imagem da presidente deve sair reforçada porque ela reagiu rapidamente, tomou as medidas que qualquer chefe de Estado deveria tomar", disse o assessor a jornalistas ao participar, nesta terça-feira, da 18ª Conferência anual da União Industrial Argentina (UIA).

No último sábado, Dilma ordenou a cassação ou o afastamento do cargo de todos os funcionários públicos envolvidos em um novo escândalo de corrupção, entre eles a chefe do gabinete da Presidência em São Paulo. A decisão da presidente foi confirmada em comunicado à imprensa um dia depois que a Polícia Federal realizou a operação Porto Seguro para prender seis dos 18 acusados de integrar o esquema.

"Isto ocorre apenas em países onde há transparência e independência das atividades de investigação. Foi a Polícia Federal que averiguou e, agora, a Justiça vai se encarregar de aprofundar e comprovar as denúncias", comentou Garcia. A operação teve como fim desmantelar uma organização na qual supostamente estão envolvidos vários funcionários públicos e que teria ramificações no Ministério da Educação e em sete órgãos estatais. O grupo se dedicaria a elaborar relatórios técnicos fraudulentos para favorecer determinadas empresas privadas em contratos públicos.

Entre os 18 acusados de crimes como corrupção, falsificação de documentos e tráfico de influência, está a chefe do gabinete da Presidência em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha, assim como diretores da Agência Nacional de Águas (ANA) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Operação Porto Seguro

Deflagrada em 23 de novembro de 2012, a operação Porto Seguro, da Polícia Federal, investiga um esquema de favorecimento de interesses privados em processos públicos. As agências nacionais de Transportes Aquaviários (Antaq), de Águas (ANA), e de Aviação Civil (Anac), a Advocacia-Geral da União (AGU), a Secretaria do Patrimônio da União (SPU), o Tribunal de Contas da União (TCU), a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e o Ministério da Educação (MEC) estão entre os órgãos envolvidos na operação.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas cidades de Cruzeiro (SP), Dracena (SP), Santos (SP), São Paulo e Brasília. Dezoito pessoas foram indiciadas suspeitas de participação no esquema, entre elas a chefe de gabinete da Presidência em São Paulo, Rosemary Novoa de Noronha, e o advogado-geral adjunto da União, José Weber de Holanda Alves.

As investigações apontam que os acusados cometeram crimes de corrupção ativa e passiva, tráfico de influência, falsidade ideológica, falsificação de documento particular, violação de sigilo funcional e formação de quadrilha. A presidente Dilma Rousseff determinou a exoneração ou afastamento de todos os servidores envolvidos.

EFE   
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