PUBLICIDADE

Polícia

Alckmin reconhece dificuldades e anuncia troca na segurança

21 nov 2012 - 11h47
(atualizado às 14h19)
Compartilhar
Hermano Freitas
Direto de São Paulo

O governador Geraldo Alckmin reconheceu pela primeira vez, nesta quarta-feira, durante campanha contra a dengue na zona norte da cidade, dificuldades na segurança pública por conta da onda de homicídios vivida em São Paulo nos últimos meses. Nesta madrugada, o secretário de Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, pediu exoneração do cargo. Em seu lugar, o governador afirmou que assume ex-procurador geral de Justiça do Estado de São Paulo, Fernando Grella. "Nós reconhecemos as dificuldades que estamos passando e vamos nos empenhar de forma redobrada neste trabalho", disse Alckmin.

O governador falou sobre a crise na área da Segurança
O governador falou sobre a crise na área da Segurança
Foto: Haroldo Junior / Futura Press

Homicídios, estupros e roubos crescem em SP em 2012

"(Ferreira Pinto) trabalhou conosco quase sete anos, foi um bom secretário da Administração Penitenciária e da Segurança Pública. Ele colocou o cargo à disposição. Indicamos e nomearemos como secretário, que tomará posse nesta quinta-feira, o ex-procurador geral do Estado de São Paulo, Fernando Grella", disse Alckmin.

Alckmin apresentou o novo secretário como uma pessoa com grande experiência. "Ele está preparado para um avanço. Quero agradecer ao Ferreira Pinto, que fez um bom trabalho, com competência e dignidade", disse o governador.

Segundo ele, o governo está trabalhando com "empenho para fortalecer a segurança e proteger a população e combater o crime". O anúncio foi feito durante visita a casas na região norte durante campanha de prevenção contra a dengue.

Pelo menos três fatores foram considerados decisivos para que Ferreira Pinto deixasse o cargo. A falta de diálogo com o governo federal, a demora em assumir que São Paulo vive uma crise de segurança e a falta de atitudes para uma solução mais rápida.

Grella entrou no Ministério Público em 1984 e foi secretário da Procuradoria de Justiça Cível, secretário-geral da Confederação Nacional do MP, membro do Conselho Superior da instituição e atuou como promotor de Justiça nas áreas cível e criminal.

Onda de violência

Desde o início do ano, ao menos 92 policiais foram assassinados no Estado. Desse total, 18 eram aposentados e três estavam em serviço. Além disso, o Estado continua a enfrentar um grande índice de violência. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, só na capital houve um crescimento de 102,82% no número de pessoas vítimas de homicídio no mês de setembro, em comparação ao mesmo período do ano passado. Em todo o Estado, a alta foi de 26,71% no mesmo período.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade