Após reunião, Amorim mantém sigilo sobre compra de caças
O ministro da Defesa, Celso Amorim, evitou falar nesta segunda-feira sobre o processo de negociação para a compra de 36 caças pelo Brasil, no valor de US$ 5 bilhões, após se reunir em Brasília com o ministro da Defesa da França, Jean Yves Le Drian.
No encontro, ambos assumiram o compromisso de aprofundar ainda mais a estreita relação dos dois países em equipamentos militares. "Temos uma forte cooperação em vários setores, todos muito importantes na área de defesa, e lhe daremos um impulso maior ainda", declarou Amorim, que não quis comentar se tinha debatido com Le Drian sobre a licitação para a compra dos caças, na qual compete o modelo Rafale, da companhia francesa Dassault.
Os Rafale concorrem com os FA-118 Super Hornet, da americana Boeing, e os Gripen NG, da sueca Saab.
Amorim explicou que, durante a reunião, constatou com Le Drian o "bom ritmo" de diversos projetos bilaterais anunciados em 2009, como parte de uma visita ao Brasil do então presidente francês Nicolas Sarkozy. Naquela oportunidade, Brasil e França assinaram diversos acordos na área de defesa, que incluem a construção de cinco submarinos, um deles de propulsão nuclear, e 50 helicópteros do modelo EC-725 da empresa Eurocopter, filial do grupo europeu EADS, que em sua totalidade serão adquiridos pelo Brasil.
Esses equipamentos militares, que serão entregues parcialmente até 2021, serão construídos em parte no Brasil, que receberá da França a tecnologia necessária para futuros desenvolvimentos.
Após a reunião com Amorim, o ministro francês viajou para Itaguaí (RJ), onde conhecerá os estaleiros nos quais serão construídos os submarinos projetados em cooperação com a França.
