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Polícia

SP: PMs mortos em Heliópolis eram 'linha dura', diz colega

1 nov 2012 - 15h55
(atualizado em 2/11/2012 às 08h32)
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Adriano Lima
Direto de São Paulo

Colega dos PMs mortos na noite desta quarta-feira em Heliópolis, zona sul de São Paulo, não tem dúvida do que motivou o duplo assassinato: o soldado Antônio Paulo da Rocha, 35 anos, e o cabo Hailton Borges dos Santos, 33 anos, eram do tipo "linha dura" com bandidos. Segundo o sargento, que trabalha na mesma unidade das vítimas, Antônio e Hailton eram considerados "sangue ruim" pelos criminosos e esta seria a razão das execuções. "Vamos dar uma resposta à altura", declarou o sargento, que pediu para não se identificar.

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Os dois PMs haviam deixado o quartel por volta das 23h30min da noite de ontem e iam para suas casas na região do Grande ABC Paulista quando foram vítimas de uma tocaia. Ambos com mais de 10 anos de PM, tiveram as motos fechadas com a ajuda de um carro e acabaram rendidos na esquina das ruas Paraíba e Alegria.

Colegas chegaram a levá-los ao hospital Heliópolis mas, com tiros na cabeça, não resistiram. Uma das motos foi deixada no local da abordagem, porque tinha alarme, e a outra encontrada na rua Guido Albert, esquina com avenida Goiás. O carro usado na execução foi apreendido e será periciado pela Polícia Científica, informou a Secretaria de Segurança Pública. As armas dos policiais não foram encontradas.

O sargento ouvido pela reportagem afirma que há uma confusão sobre os policiais vítimas da violência que já chegou ao número de 88 baixas na corporação. "Todos os que são baleados estão sem o uniforme, então dizem que estavam de folga. Mas a maioria estava apenas saindo do serviço", diz. Policiais mortos enquanto estão de folga não têm direito a indenização.

Fonte: Terra
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