Operação da PM em Paraisópolis já prendeu 17 pessoas
1 nov2012 - 10h14
(atualizado às 10h24)
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Há quatro dias, a Polícia Militar de São Paulo realiza uma operação na favela de Paraisópolis, na zona sul da capital, de onde a Secretaria de Segurança acredita que tenha partido a ordem para que seis PMs fossem assassinados no Estado. Conforme o último boletim divulgado pela corporação, na manhã desta quinta-feira, 17 pessoas já foram presas em flagrante na comunidade.
Mais de 500 policiais participam da ação, que ainda vai se estender por vários dias na favela que possui cerca de 80 mil habitantes. Estão sendo utilizados agentes do Batalhão de Choque e do 16º Batalhão de Policia Militar. São 100 carros, dois caminhões, 28 motos, oito cães e sessenta cavalos, além de um helicóptero Águia. A PM informa que a favela foi mapeada de acordo com os pontos de maior incidência criminal. Além das prisões, 14 armas, 24 kg de cocaína e mais de 200 kg de maconha foram apreendidos.
O governo federal vai propor a ocupação de Paraisópolis nos moldes como foi feito no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, em novembro de 2010, segundo o jornal O Estado de S. Paulo.
Mais policiais morreram
Em mais uma noite violenta, oito pessoas foram mortas e duas feridas a tiros na região metropolitana de São Paulo em um espaço de seis horas. Entre os mortos, há dois policiais militares atacados na favela Heliópolis, na zona sul. Quatro das mortes, segundo a polícia, ocorreram em confrontos entre suspeitos e a PM. Com as mortes dos PMs, sobe para 88 o número de policiais assassinados somente neste ano no Estado de São Paulo.
Balanço divulgado na última quinta-feira pela Secretaria de Segurança Pública revelou crescimento de 96% no número de homicídios na cidade de São Paulo no mês de setembro, em comparação ao mesmo período do ano passado. Em setembro, a capital registrou 135 casos de homicídios, contra 69 casos no mesmo mês de 2011.
Com informações da Agência Estado.
A Polícia Militar fez operações em Paraisópolis e São Remo nesta quarta-feira
Foto: Adriano Lima / Terra
Dois homens suspeitos de terem executado, no dia 27 de setembro, um policial da Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), a tropa de elite da Polícia Militar de São Paulo, foram presos na favela São Remo, zona oeste da capital paulista
Foto: Adriano Lima / Terra
Desde 2008, o PM morto fazia serviços administrativos por conta de problemas de saúde, já que vinha se recuperando de um acidente de trânsito
Foto: Adriano Lima / Terra
De acordo com a própria polícia, no dia 27 de setembro o soldado foi atingido na avenida Corifeu de Azevedo Marques, no Butantã, zona oeste, quando saía de casa
Foto: Adriano Lima / Terra
Um dos suspeitos, Felizânio dos Santos Pacheco, conhecido como Fefê, foi preso na noite da última terça-feira, mas a polícia preferiu não divulgar a informação para não comprometer a operação desta quarta-feira
Foto: Adriano Lima / Terra
Já o outro suspeito, Antonio Pereira Soares, o Tonhão, foi pego na manhã desta quarta na favela São Remo
Foto: Adriano Lima / Terra
A operação começou por volta das 6h, com as polícias de São Paulo cumprindo diversos mandados de busca e apreensão na favela São Remo
Foto: Adriano Lima / Terra
Além de drogas, foram localizadas motos e até uma refinaria de entorpecentes na favela
Foto: Adriano Lima / Terra
Na manhã desta quarta-feira, quatro homens, dois tijolos de maconha, R$ 10 mil, uma pistola e três motos foram apreendidas, além da localização de uma refinaria de entorpecentes, chamada pelos próprios traficantes de laboratório
Foto: Adriano Lima / Terra
Um dos presos foi detido em sua casa, que era equipada com jacuzzi e TV de plasma, além de relógios de luxo
Foto: Adriano Lima / Terra
De acordo com a polícia, a operação deve prosseguir até que todos os mandados sejam cumpridos