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OAB-RJ lembra com tristeza morte de Herzog, ocorrida há 37 anos

25 out 2012 - 11h00
(atualizado às 11h04)
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Em nota divulgada nesta quinta-feira, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio de Janeiro lembrou "com muita tristeza" a morte do jornalista Vladimir Herzog, ocorrida há exatos 37 anos, durante a ditadura militar no Brasil. Oficialmente, ele foi encontrado enforcado com o cinto de sua própria roupa, nas dependências do DOI-CODI, em São Paulo, no dia 25 de outubro de 1975.

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Recentemente, a Justiça atendeu ao pedido feito pela Comissão Nacional da Verdade e determinou a retificação do atestado de óbito de Herzog, que passou a acusar que ela "decorreu de lesões e maus-tratos sofridos em dependência do 2º Exército-SP". Antes da decisão, a causa oficial sustentada pelos órgãos de repressão, era de suicídio por enforcamento.

Segundo o presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, ao determinar a retificação do atestado de óbito de Herzog, a Justiça pôs fim a uma mentira oficial mantida durante 37 anos, substituindo-a pela verdade finalmente reconhecida: Herzog foi morto em consequência de torturas enquanto estava sob a custódia do Estado.

"Ao pedir ao Judiciário paulista a correção no atestado para fazer constar as causas reais da morte do jornalista, a Comissão Nacional da Verdade fez mais do que dar sequência à correção de uma falsidade histórica; ela abriu caminho para que mais parentes de vítimas requeiram as retificações pertinentes", diz a nota.

Fonte: Terra
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