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Brasil melhora 20 posições em ranking de desigualdade de gêneros

24 out 2012 - 07h37
(atualizado às 08h36)
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O Brasil ganhou 20 posições em um ranking global sobre desigualdade de gêneros, graças aos avanços na educação para mulheres e no aumento da participação feminina em cargos políticos. Segundo o ranking anual elaborado pelo Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), o Brasil saiu da 82ª para a 62ª posição entre 135 países pesquisados.

O fato de ter uma mulher na Presidência, Dilma Rousseff, conta positivamente para a posição do Brasil no ranking
O fato de ter uma mulher na Presidência, Dilma Rousseff, conta positivamente para a posição do Brasil no ranking
Foto: AFP

O ranking é liderado pela Islândia pelo quarto ano consecutivo, seguida por Finlândia, Noruega, Suécia e Irlanda. No lado oposto do ranking, o Iêmen é considerado o país com a pior desigualdade de gênero do mundo. Paquistão, Chade, Síria e Arábia Saudita completam a lista dos cinco piores.

Entre os países da América Latina e do Caribe, a Nicarágua, na 9ª posição no ranking global, é o país com a menor desigualdade de gêneros, seguida de Cuba, Barbados, Costa Rica e Bolívia. O Brasil é apenas o 14º entre os 26 países da região pesquisados.

Entre os países considerados desenvolvidos, a Coreia do Sul é o que tem a maior diferença entre gêneros, com a 108ª posição no ranking. O Japão aparece em posição próxima, no 101º lugar.

Mulher na Presidência

Para elaborar o ranking, a WEF estabelece uma pontuação baseada em quatro critérios - participação econômica e oportunidade, acesso à educação, saúde e sobrevivência e participação política.

O Brasil recebe a pontuação máxima nos itens relativos a educação e saúde, mas tem uma avaliação pior em participação econômica (no qual está em 73º entre os países avaliados) e participação política (na 72ª posição).

Ainda assim, o estudo destaca que o avanço do País no ranking geral se deve a "melhorias em educação primária e na porcentagem de mulheres em posições ministeriais (de 7% a 27%)". O fato de ter uma mulher na Presidência, Dilma Rousseff, também conta positivamente para a posição do Brasil no ranking.

Redução desde 2006

O WEF, conhecido pelas reuniões anuais realizadas na estação de esqui suíça de Davos, publica anualmente o ranking de desigualdade de gênero desde 2006. Segundo a organização, no último ano 61% dos países pesquisados registraram uma diminuição da desigualdade entre os gêneros e 39% tiveram aumento. Entre 2006 e 2012, no entanto, a porcentagem de países com redução da desigualdade salta para 88%.

A Nicarágua foi o país que registrou o maior avanço na eliminação da desigualdade entre os gêneros nos últimos seis anos, pulando do 62º posto em 2006 (entre 115 países pesquisados naquele ano) para a 9ª posição neste ano, com uma melhora de 17,3% na pontuação geral.

A Bolívia é o segundo país com o maior avanço, com uma melhora de 14% na pontuação, passando da 87ª para a 30ª posição do ranking.

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