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Polícia

Organização questiona veículos regionais por morte de jornalista

9 out 2012 - 10h49
(atualizado às 11h42)
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A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) questionou nesta terça-feira o funcionamento de "muitos meios de comunicação regionais brasileiros". A posição foi impulsionada pelo assassinato, em plena campanha eleitoral, do proprietário do Jornal da Praça, Luis Henrique Georges, conhecido como Tulu. O crime ocorreu a 100 m do local em que foi morto, no dia 12 de fevereiro deste ano, o editor do mesmo veículo, Paulo Roberto Cardoso Rodrigues, 51 anos, conhecido como Paulo Rocaro.

A organização ressaltou que o assassinato de Tulu e de um de seus seguranças, Neri Vera, em 4 de outubro, evidencia a violência da campanha eleitoral e "ressalta, mais uma vez, a elevada insegurança a que a profissão jornalística está exposta em certas regiões do País".

"O desenvolvimento desta campanha para as eleições municipais, cujo segundo turno acontecerá no próximo dia 28 de outubro, questiona também globalmente o funcionamento de muitos meios de comunicação regionais brasileiros, em propriedade de políticos e nos quais os jornalistas frequentemente se encontram expostos a ajustes de contas." A RSF, que pediu às autoridades brasileiras que considerem a possibilidade de queima de arquivo, já que Georges havia dedicado um artigo desfavorável a um dos candidatos municipais de Ponta Porã, solicitou que haja uma "reflexão profunda" no Congresso Nacional.

Com a morte de Georges sobe para oito o número de profissionais de imprensa assassinados no Brasil desde o início do ano. Em três dos casos, se estabeleceu uma relação entre o crime e a tarefa profissional das vítimas.

EFE   
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