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SP: Infraero convoca contratação de aulas de dança em Congonhas

2 out 2012 - 10h26
(atualizado às 10h32)
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Em tempos de cortes orçamentários que atingem áreas da administração federal como saúde e educação, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) lançou, na última segunda-feira, licitação para contratar curso de dança de salão para funcionários do Aeroporto de Congonhas. Publicado no Diário Oficial da União (DOU), o aviso de pregão eletrônico prevê também aulas de "condicionamento físico" aos empregados do terminal.

A ideia, no entanto, não deve seguir adiante. A estatal disse que vai cancelar a contratação, horas depois do anúncio. Segundo a Coordenação de Licitações da Superintendência Regional da Infraero em São Paulo, o edital da concorrência estaria disponível na última segunda-feira, às 15h, no site da empresa.

Já a abertura de propostas dos interessados estava prevista para o próximo dia 15. Contudo, o documento não foi mais publicado, após a assessoria de imprensa receber perguntas sobre a contratação. A Infraero não informou qual o valor previsto para a iniciativa. A estatal explicou que as aulas de dança de salão integram um programa de qualidade de vida da empresa. Ao justificar o recuo, alegou que o aviso foi publicado "por engano" e, ao ser "descoberto", a partir do envio de um e-mail de um jornal, foi "imediatamente cancelado".

Essa não é a primeira vez que a estatal desiste de gastos públicos inusitados. Em setembro do ano passado, a empresa cancelou viagem de dois funcionários à Disney, na Flórida. Ao custo de R$ 23 mil, a superintendente de Recursos Humanos, Regina Helena Ferreira Alvarez Azevedo, e o gerente de Gestão Estratégica de Pessoas, Roberto Celso Habbema de Maia, participariam do seminário A Magia Disney e os Segredos da Excelência em Serviços. Eles teriam direito a dez dias em hotel cinco estrelas, visitas a quatro parques, ingresso para o Cirque du Soleil e giros por outlets.

Em 2011, o aperto fiscal impôs uma economia de R$ 50 bilhões do orçamento da União. Este ano, o valor dos cortes alcança R$ 55 bilhões, incluindo as despesas discricionárias (feitas a critério dos gestor) em saúde, educação e várias outras áreas.

Fonte: Agência Estado Agência Estado
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