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Policiais federais decidem continuar em greve por tempo indeterminado

2 out 2012 - 03h00
(atualizado às 03h22)
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Parados há 55 dias, os policiais federais, papiloscopistas e escrivães da Superintendência da Polícia Federal (PF) no do Rio de Janeiro aprovaram por unanimidade, em assembleia na tarde dessa segunda-feira, a manutenção da greve por tempo indeterminado.

As três categorias decidiram que cumprirão a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de manter um percentual mínimo de policiais para cumprir os serviços prestados pela PF. Eles também vão respeitar acordo firmado com a presidenta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, de manter as atividades durante as eleições, no próximo domingo (7).

A comissão de greve aguarda, no entanto, que a superintendência informe oficialmente o número de policiais que deverá ser requisitado para trabalhar no período eleitoral. Uma decisão definitiva deverá ser analisada em assembleia, nesta quarta-feira, na sede do Sindicato dos Servidores do Departamento da Polícia Federal no Estado do Rio de Janeiro.

O movimento grevista

Iniciados em julho, os protestos e as paralisações de servidores de órgãos públicos federais cresceram no mês de agosto. Pelo menos 25 categorias entraram em greve, tendo o aumento salarial como uma das principais reinvindicações. O Ministério do Planejamento estima que a paralisação tenha envolvido cerca de 80 mil servidores. Em contrapartida, os sindicatos calculam que 350 mil funcionários aderiram ao movimento.

A greve afetou servidores da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Arquivo Nacional, da Receita Federal, dos ministérios da Saúde, do Planejamento, das Relações Exteriores, do Meio Ambiente e da Justiça, entre outros. O Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências) informou que dez agências reguladoras aderiram ao movimento.

Após apresentar proposta de aumento de 15,8%, dividido em três anos, o governo encerrou no dia 26 de agosto as negociações com os servidores. Policiais federais e funcionários do Incra foram as únicas classes que continuaram em greve após o fim das negociações. O orçamento anual do governo, com a previsão de gastos com a folha de pagamentos dos servidores em 2013, foi enviado ao Congresso em 30 de agosto.

No dia 19 de setembro, trabalhadores dos Correios deflagraram uma greve em pelo menos 18 Estados e no Distrito Federal. O comando de negociação reivindica 43,7% de reajuste, R$ 200 de aumento linear e piso salarial de R$ 2,5 mil. Quatro sindicatos dissidentes (São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins e Bauru), que se desfiliaram da federação, reivindicam 5,2% de reposição, 5% de aumento real e reajuste linear de R$ 100. O salário-base inicial de carteiros, atendentes comerciais e operadores de triagem e transbordo é R$ 942.

Agência Brasil Agência Brasil
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