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Polícia

SP: Cabo Bruno saiu da prisão graças a decreto de Dilma

27 set 2012 - 10h26
(atualizado às 13h33)
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O ex-policial militar Florisvaldo de Oliveira, conhecido popularmente como Cabo Bruno, morto na noite desta quarta-feira no interior de São Paulo, foi colocado em liberdade há um mês graças ao decreto 5.648/2011, da presidente Dilma Rousseff, que prevê a soltura de presos de bom comportamento que cumpriram mais de 20 anos da pena.

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O benefício foi concedido no dia 23 de agosto, pela juíza Marise de Almeida, da 2ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté, que autorizou o indulto pleno ao ex-policial, além de declarar extintas as penas contra ele. A decisão foi tomada com base na "boa conduta carcerária" do preso.

Acusado de chefiar um esquadrão da morte na polícia, Cabo Bruno foi condenado a 113 anos de prisão por matar mais de 50 pessoas, na zona sul de São Paulo, na década de 1980. Ele foi preso pela primeira vez em 1983. Em sete anos, o ex-policial fugiu três vezes do presídio militar Romão Gomes - uma delas depois de fazer funcionários reféns. Em maio de 1991, foi recapturado e encaminhado à penitenciária Dr. José Augusto Salgado, em Tremembé (SP).

A Justiça já havia permitido, em 2009, que Cabo Bruno cumprisse o restante da pena em regime semiaberto. A decisão, na época, levou em conta parecer do Ministério Público baseado em exames psicossociais e comportamentais, que favoreceram a deliberação dos promotores.

Morte misteriosa
Após deixar a prisão, o ex-policial desfrutou da liberdade por pouco tempo. Na noite de ontem, Cabo Bruno foi assassinado em Pindamonhangaba, pouco mais de um mês depois de deixar a penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, no município vizinho de Tremembé, após cumprir 27 anos de prisão.

De acordo com a Polícia Civil, Oliveira voltava de um culto religioso com a família, por volta das 23h50, e já estava próximo da residência onde morava quando foi abordado por dois homens. Ele desceu do carro e sofreu cerca de vinte disparos, a maioria no rosto e no abdômen, morrendo já no local. Os parentes, que ficaram dentro do veículo, saíram ilesos e nada foi roubado.

A equipe do 1º Distrito Policial de Pindamonhangaba, onde o caso foi registrado, acredita em execução. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) da cidade. Ainda não há pista sobre o paradeiro dos assassinos.

Fonte: Terra
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