Avião antitráfico não voa desde janeiro por falta de manutenção
Uma das estrelas da campanha da presidente Dilma Rousseff (PT), em 2010, o avião não tripulado que seria a principal arma para combater o tráfico de drogas nas fronteiras não voa desde janeiro deste ano por falta de contrato de manutenção. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, uma cláusula da compra do sistema, feito junto à empresa israelense IAI (Israel Aerospace Industries), impede a aeronave de voar sem o contrato de manutenção. Os Vants (veículos aéreos não tripulado) são aeronaves controladas remotamente, a partir de uma base em terra.
A versão comprada pela PF é capaz de fotografar o rosto de um traficante a 9 mil m de altitude, segundo a empresa israelense. A manutenção não é só para eventuais reparos do avião em caso de acidente. Ela inclui a checagem do equipamento, altamente sofisticado, antes de toda decolagem. O avião voou 400 horas e identificou cerca de 1.200 alvos críticos, como portos e barcos clandestinos. A PF diz que não pode informar sobre o futuro cronograma do projeto por se tratar de "informação reservada". O contrato de manutenção ainda não foi finalizado, segundo a polícia, porque está em fase de "discussão técnica". A instituição considera "normal" o prazo da administração pública.