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Polícia

RS: PF suspende serviços de inteligência e segue com a greve

17 set 2012 - 11h28
(atualizado às 11h39)
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Os agentes, escrivães e papiloscopistas que realizam os serviços de inteligência na Polícia Federal do Rio Grande do Sul decidiram, nesta segunda-feira, suspender os trabalhos que continuavam em andamento durante a greve deflagrada no dia 7 de agosto. Dessa maneira, além do atendimento ao público, também foram suspensas as investigações policiais, tais como crimes financeiros, desvio de verbas públicas, corrupção e tráfico de drogas. Não será mais realizada a análise de monitoramento telefônico, que dá suporte a importantes operações policiais e alimentam os núcleos operacionais das delegacias, viabilizando a elucidação de crimes de grande repercussão social, a exemplo do mensalão.

Policiais federais, em greve há quase um mês, deram um abraço simbólico à estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro (RJ), nesta terça-feira
Policiais federais, em greve há quase um mês, deram um abraço simbólico à estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro (RJ), nesta terça-feira
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

Veja como a greve dos servidores federais pode afetar sua rotina

Para marcar a suspensão desses serviços, às 11h da próxima terça-feira haverá a entrega simbólica dos fones de ouvidos dos policiais, no saguão da Superintendência da Polícia Federal, em Porto Alegre. Os fones de ouvido representam o principal instrumento de trabalho do setor de inteligência.

Continuam não sendo realizados os serviços de atendimento ao público, tais como oitivas, porte de arma, atendimento a estrangeiros, controle de empresas de vigilância, bancos e produtos químicos. A emissão de passaportes também permanece cancelada, sendo atendidos somente os casos emergenciais, tais como viagens com data marcada, doenças e morte, mediante a apresentação de comprovante, além do atendimento a pessoas com mais de 60 anos. A categoria mantém em funcionamento apenas os plantões, as ocorrências em flagrante e custódia de presos.

O movimento grevista

Iniciados em julho, os protestos e as paralisações de servidores de órgãos públicos federais cresceram no mês de agosto. Pelo menos 25 categorias entraram em greve, tendo o aumento salarial como uma das principais reinvindicações. O Ministério do Planejamento estima que a paralisação tenha envolvido cerca de 80 mil servidores. Em contrapartida, os sindicatos calculam que 350 mil funcionários aderiram ao movimento.

A greve afetou servidores da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Arquivo Nacional, da Receita Federal, dos ministérios da Saúde, do Planejamento, das Relações Exteriores, do Meio Ambiente e da Justiça, entre outros. O Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências) informou que dez agências reguladoras aderiram ao movimento.

Após apresentar proposta de aumento de 15,8%, dividido em três anos, o governo encerrou no dia 26 de agosto as negociações com os servidores. Policiais federais e funcionários do Incra foram as únicas classes que continuaram em greve após o fim das negociações. O orçamento anual do governo, com a previsão de gastos com a folha de pagamentos dos servidores em 2013, foi enviado ao Congresso em 30 de agosto.

Fonte: Terra
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