PUBLICIDADE
URGENTE
Saiba como doar qualquer valor para o PIX oficial do Rio Grande do Sul

Policiais federais em greve protestam em São Paulo

13 set 2012 - 12h52
(atualizado às 15h25)
Compartilhar

Policiais federais, em greve desde o dia 7 de agosto, promoveram mais uma manifestação na manhã desta quinta-feira, em frente à sede da superintendência regional em São Paulo. Caravanas com servidores federais vieram de diversas cidades do interior do Estado para participar da mobilização.

As unidades de inteligência policial entregaram pastas que simbolizavam as diversas operações, executadas e coordenadas por escrivães, papiloscopistas e agentes da Polícia Federal no combate a corrupção, pedofilia, trabalho escravo, crime organizado, tráfico de drogas e contrabando, indicando a suspensão de investigações destes crimes. Após o protesto na frente da superintendência, os manifestantes seguiram para a ponte do Piqueri, na Marginal Tietê, onde soltaram balões e deram as mãos.

A principal reivindicação dos grevistas é a reestruturação da carreira. De acordo com Marina de Castro, secretaria geral do Sindicato dos Servidores da Polícia Federal em São Paulo, "esses profissionais recebem salário de nível médio - R$ 7,5 mil, mesmo possuindo nível superior". Segundo ela, a remuneração média do Poder Executivo para o nível superior é R$ 14 mil.

Outros serviços executados pela Polícia Federal, como confecção de passaportes e atendimento a estrangeiros, funcionam normalmente. Esses serviços são prestados por funcionários terceirizados.

O movimento grevista

Iniciados em julho, os protestos e as paralisações de servidores de órgãos públicos federais cresceram no mês de agosto. Pelo menos 25 categorias entraram em greve, tendo o aumento salarial como uma das principais reinvindicações. O Ministério do Planejamento estima que a paralisação tenha envolvido cerca de 80 mil servidores. Em contrapartida, os sindicatos calculam que 350 mil funcionários aderiram ao movimento.

A greve afetou servidores da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Arquivo Nacional, da Receita Federal, dos ministérios da Saúde, do Planejamento, das Relações Exteriores, do Meio Ambiente e da Justiça, entre outros. O Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências) informou que dez agências reguladoras aderiram ao movimento.

Após apresentar proposta de aumento de 15,8%, dividido em três anos, o governo encerrou no dia 26 de agosto as negociações com os servidores. Policiais federais e funcionários do Incra foram as únicas classes que continuaram em greve após o fim das negociações. O orçamento anual do governo, com a previsão de gastos com a folha de pagamentos dos servidores em 2013, foi enviado ao Congresso em 30 de agosto.

Com informações da Agência Brasil

Policiais seguram as pastas que representam os serviços de inteligência que não estão sendo executados durante a greve
Policiais seguram as pastas que representam os serviços de inteligência que não estão sendo executados durante a greve
Foto: Paulo Lopes/SINDPOLF/SP / Divulgação
Fonte: Terra
Compartilhar
TAGS
Publicidade