'Lutamos por nosso direito a opinião', diz fórum após campanha polêmica
"Não temos como objetivo a discriminação". A frase é enfatizada por mais de uma vez pelo diretor do Fórum Permanente Pernambuco Pró-Vida (FPP-PV), Márcio Borba, ao falar da polêmica em torno da veiculação de uma campanha com o slogan "Pernambuco não te quer", que tem como alvo crimes como exploração sexual de menores, pedofilia e turismo sexual, além da prostituição.
De acordo com Borba, a campanha foi elaborada tendo em vista os preceitos evangélicos seguidos pelo fórum e também a Constituição. "Lutamos pelo nosso direito de opinião, pelo direito de nos expressar a respeito do que queremos para o nosso Estado", afirma. Segundo ele, o homossexualismo como parte integrante da lista da "Pernambuco não te quer" não objetiva julgar a opção sexual das pessoas, mas apenas lutar para que isso não seja mais um incentivo ao turismo sexual no Estado.
"A nossa luta é contra o turismo sexual, seja ele de origem hetero ou homossexual, pois a partir dele é que são desencadeados a prostituição, a pedofilia, exploração de menores e o aborto. No caso da campanha, tratamos o homossexualismo apenas como qualquer outro apelo originário do turismo desse tipo, sem nenhuma intenção discriminatória", esclarece.
Segundo ele, a ação do fórum vem em resposta à campanha "Recife te quer". "Esta é quem vende o nosso Estado de maneira errônea, estimulando o turismo sexual. O que queremos é que nossas belezas naturais sejam anunciadas, para qualquer pessoa aproveitar, seja ela homo ou heterossexual", acrescenta.
Quanto às acusações de homofobia que haviam surgido nas redes sociais, o diretor afirma que eles estão prontos para encarar o que surgir. "Estamos absolutamente tranquilos. Responderemos a qualquer ação que seja feita. Não desejamos isso, mas não tememos. Nossa campanha teve o crivo de advogados e tem como objetivo a liberdade de pensamento, de culto e de religião. Se chegar à Justiça, estremos lá", finaliza.
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