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SP: governo proíbe venda de mortadela após caso de botulismo

24 ago 2012 - 07h45
(atualizado às 07h58)
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A Secretaria de Saúde de São Paulo proibiu a venda do lote 1E0712 da mortadela da marca Estrela após a notificação de quatro casos suspeitos de botulismo em Santa Fé do Sul, no interior de São Paulo. Segundo as vítimas, os sintomas surgiram após o consumo da mortadela.

Na mesma determinação, o Centro de Vigilância Sanitária também proibiu a venda do lote 300437 do milho verde em conserva da marca Quero. De acordo com o órgão, a interdição cautelar dos lotes vale pelo menos até a conclusão das análises das amostras dos produtos recolhidas e encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz, na capital paulista.

O botulismo é causado por uma toxina que normalmente está presente em alimentos mal conservados, principalmente os em conserva e os embutidos. ''Ela pode produzir danos graves nos nervos e músculos. Essa bactéria tem uma ação no sistema nervoso central, por isso a rapidez dos sintomas. Em poucas horas, pode levar à morte, porque vai dificultando a respiração e vai tendo uma lesão muscular progressiva. Começa às vezes com uma tontura, com uma visão dupla, com dificuldade para respirar, com dificuldade para engolir e queda da pálpebra'', alertou a diretora do Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo, Maria Cristina Megid.

A Secretaria de Saúde orienta as pessoas a não consumir alimentos enlatados cujas embalagens estejam danificadas. Também aconselha a ferver os alimentos industrializados por pelo menos cinco minutos, antes de consumir.

O último registro da doença no Estado de São Paulo foi em 2009. Desde o ano de 1997, quando a doença passou a ser de notificação compulsória, o Estado de São Paulo registrou 22 casos, dos quais cinco mortes.

Poucas horas de vida

O caso da família de Santa Fé do Sul mobilizou vários policiais militares no último domingo. Com a gravidade da intoxicação, a equipe médica da cidade do interior informou que precisava da vacina, produzida pelo laboratório Pasteur, na capital.

A urgência fez com que a PM realizasse uma megaoperação para transportar medicamentos. Segundo a corporação, o casal e os dois filhos que foram contaminados tinham poucas horas de vida quando o pedido de socorro foi enviado, por volta das 11 daquele dia. Para acelerar a viagem, um avião foi utilizado para percorrer os 625 km entre São Paulo e Santa Fé do Sul.

Por volta das 13h35, as vacinas chegaram ao hospital e os pacientes com botulismo foram medicados. A família permaneceu internada, em observação.

Com informações da Agência Brasil

Fonte: Terra
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