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Brasil adia compra de caças devido a dificuldades econômicas

10 ago 2012 - 07h19
(atualizado às 08h31)
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O ministro da Defesa, Celso Amorim, anunciou o adiamento do processo de compra de aviões de combate devido às dificuldades econômicas, durante uma entrevista publicada nesta sexta-feira pelo jornal americano Wall Street Journal.

"A situação econômica tomou uma direção menos favorável e isto requer prudência", disse Amorim
"A situação econômica tomou uma direção menos favorável e isto requer prudência", disse Amorim
Foto: Wilson Dias / Agência Brasil

"O projeto não está abandonado. Haverá uma decisão no momento oportuno. Mas no dia de hoje prefiro não fornecer uma data", declarou o ministro ao jornal. "A situação econômica tomou uma direção menos favorável que o previsto e naturalmente isto requer prudência", acrescentou.

Amorim considerava até agora que uma decisão seria tomada neste ano. O Rafale do construtor francês Dassault Aviation compete com o Gripen do sueco Saab e com o F/A-18 Super Hornet da americana Boeing para conquistar este mercado de 36 aeronaves, avaliado em US$ 5 bilhões.

"Não diria que há uma empresa favorita", explicou o ministro. "A questão importante é saber quando o faremos e então examinaremos novamente as propostas. Temos a necessidade de renovar a frota, mas devemos responder em função das possibilidades do País".

A Força Aérea Brasileira (FAB) pede a cada seis meses aos construtores em disputa que renovem seu interesse pela contratação ao prorrogar suas propostas. Ela o fez novamente no fim de junho.

O Estado francês apoia a oferta da Dassault, cujo Rafale aparecia como favorito em 2010 depois de um acordo entre Lula e o então presidente da França, Nicolas Sarkozy. Mas, com o fim de seu mandato, Lula deixou a decisão nas mãos de Dilma Rousseff.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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