PMs suspeitos de matar publicitário deixam prisão em SP
A Justiça Militar de São Paulo expediu na tarde desta sexta-feira um alvará de soltura beneficiando os três policiais acusados pela morte do publicitário Ricardo Prudente de Aquino. A informação foi confirmada pelo advogado Márcio Modesto, um dos defensores dos PMs. "A Justiça agora está sendo feita", declarou.
De acordo com Modesto, o cabo Robson Tadeu do Nascimento Paulino, 30 anos, e os soldados Luis Gustavo Teixeira Garcia, 28 anos, e Adriano Costa da Silva, 26 anos, já deixaram o presídio Romão Gomes. Os policiais devem se reapresentar no 23º Batalhão, onde estão lotados, antes de seguirem para suas casas.
Na quinta-feira, o Tribunal de Justiça de São Paulo já havia concedido habeas-corpus para os PMs. Contudo, os suspeitos permaneceram presos, já que a decisão foi da Justiça comum, e não da militar.
Ricardo Prudente Aquino foi assassinado no último dia 18. Segundo a versão da Polícia Militar, ele fugiu de uma blitz, iniciando uma perseguição de cerca de 10 minutos. Aquino só parou depois que os três policiais acusados fecharam, com a viatura da Força Tática, a passagem do carro da vítima na avenida das Corujas, em Vila Madalena. Por causa da fechada, os veículos chegaram a colidir.
Em seguida, os PMs fizeram oito disparos contra o carro, sendo que dois acertaram o lado esquerdo da cabeça do publicitário. Aquino chegou a ser socorrido para o Hospital das Clínicas, mas não resistiu aos ferimentos. Os policiais foram autuados em flagrante por homicídio doloso (quando há intenção de matar).