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Ideli: greve de servidores federais não é 'prioridade' do governo

25 jul 2012 - 21h09
(atualizado em 26/7/2012 às 09h26)
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Fabrício Escandiuzzi
Direto de Florianópolis

A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse nesta quarta-feira que o Governo Federal não está tratando a questão de reajustes dos servidores públicos em greve como "questão prioritária". Ela destacou que a presidente Dilma Rousseff estaria "centralizando as suas forças" no combate à crise econômica e na possibilidade de demissões na indústria.

Ideli aproveitou uma "folga de três dias" para participar, em Florianópolis (SC) do lançamento do site da candidata do PCdoB à prefeitura da capital catarinense, Angela Albino. A ministra destacou que o governo vem se esforçando para buscar soluções para a crise e destacou que ações que resultem em aumento de custo da máquina pública não estão sendo tratados como prioridade.

"Em primeiro lugar, é importante realçar que hoje a nossa prioridade é uma só: o enfrentamento da crise", afirmou. "Por isso, toda e qualquer medida que venha a ser adotada e que acarrete aumentos dos gastos públicos deve ser muito avaliada, não é a prioridade".

De acordo com a ministra, os servidores federais teriam tido reajustes acima da inflação na última década. Ela reconheceu a existência de "distorções e injustiças", mas avaliou que, no momento, uma restruturação do funcionalismo não está em debate, apesar da greve deflagrada em vários órgãos públicos e universidades. "Essa modificação de forma ampla e irrestrita não esta colocada em debate diante da gravidade da questão econômica".

"Servidores têm estabilidade"

Ideli citou a possibilidade de demissão em massa na indústria nacional e destacou que trabalhadores que "não têm estabilidade é que precisariam de socorro no primeiro momento". "A análise que temos é a de que, no momento de crise, devemos focar e usar todos os mecanismos à disposição do governo para proteger os mais frágeis, que são os trabalhadores do setor privado", disse. "Eles não têm estabilidade. Diante da crise, por pior que ela seja, os servidores irão manter os seus empregos".

A greve conta com a adesão de diversos setores em todos os Estados brasileiros. Essa semana, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) decidiu adiar o início das aulas do segundo semestre por tempo indeterminado.

Fonte: Especial para Terra
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