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Incra tem novo presidente para acabar com greve de funcionários

24 jul 2012 - 15h28
(atualizado às 17h43)
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Em meio ao movimento de greve dos servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que já se estende por mais de um mês, o órgão passou a ser presidido pelo servidor de carreira Carlos Guedes de Guedes nesta terça-feira.

O economista assume o Incra com a missão inicial de equacionar a conta orçamentária disputada pela cobrança dos funcionários paralisados, que querem o reconhecimento das reivindicações salariais e de melhorias da carreira, e pelas exigências dos movimentos sociais por maior celeridade na política de reforma agrária no País.

Apesar de reconhecer a limitação do novo presidente do Incra ante o cenário de greve, o próprio ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, manteve o tom de cobrança pela agilidade na obtenção de terras e, também, na regularização fundiária e na qualificação dos assentamentos. "Evidente que, quando não estamos com todo o contingente ativo, isso afeta os serviços, mas temos que procurar trabalhar da melhor forma possível e aguardar as negociações entre servidores e administração federal."

De 2011 a março deste ano, o Incra assentou 22 mil famílias no Brasil. Mais da metade das famílias foram assentadas no Norte (10,4 mil) e Nordeste (6 mil) do País, regiões que recebem prioridade do governo federal por concentrarem os maiores bolsões de miséria no campo.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário não estipula metas, mas a expectativa inicial, antes do contingenciamento de mais de 70% do orçamento do órgão, era alcançar 40 mil famílias assentadas até o final do ano.

Carlos Guedes de Guedes informou que vai discutir as demandas estruturais dos servidores em reunião com o comando de greve marcada para esta semana. "Ficou clara a necessidade de integração da ação Reforma Agrária com o (programa federal) Brasil sem Miséria. Por isso, o trabalho que vamos desenvolver de qualificação e de criação de assentamentos vai estar muito vinculado a partir de agora."

Agência Brasil Agência Brasil
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