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Polícia

Secretário entende insatisfação com UPPs, mas quer "conquista da paz"

20 jul 2012 - 00h47
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Mônica Garcia
Direto do Rio de Janeiro

O secretário de segurança pública do Rio de Janeiro, José Mariano Bel trame, afirmou na tarde de hoje, durante o simpósio sobre segurança em eventos esportivos, no Rio, que a pesquisa realizada na última semana pelo Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), da Universidade Cândido Mendes, que apontou que mais de 60% dos policiais que trabalham nas Unidades de polícia Pacificadora (UPP) gostariam de deixar as unidades e mudar de função dentro da própria Polícia Militar, é muito importante. Mas que é preciso analisar as pesquisas com cautela, pois a paz não é um produto de prateleira e sim um projeto em processo.

"É preciso que as pessoas se convençam que isso é um processo, e não um produto de prateleira. Teremos pesquisas com problemas sim. Já que estamos mexendo em 40 anos de descaso, de abandono, e de qualquer ausência de políticas públicas. Portanto eu entendo como normal, quando você implanta uma política pública que quebra um paradigma de violência imposta por armas de guerra, onde gerações estiveram sobre o domínio de um déspota, que elas não sejam 100% satisfeitas". afirmou o secretário.

Segundo Beltrame, todos os problemas encontrados nas UPPs são levados para a escola de formação de novos policias, e assim melhorar a qualidade do trabalho dos novos oficiais. Mas também é feito um trabalho paralelo com os policias que já estão dentro dessas unidades.

"Os problemas vão existir. Agora toda a pesquisa que é feita, nós temos uma secretaria que busca levantar estes problemas, e jogar na escola e na formação dos policiais. O que temos é que aprender a alargar os nossos horizontes na visão da conquista da paz, que isso é um bem intangível, subjetivo, que se conquista com atitude e ações diárias. A prova disso, se você pegar as UPPs que são mais antigas, você vai ver que elas estão muito mais sedimentadas que essas que estão em funcionamento há cinco, seis, sete meses". concluiu ele.

Fonte: Especial para Terra
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