PUBLICIDADE

Polícia

Humorista acusado de pedofilia presta depoimento no Recife

29 jun 2012 - 12h48
Compartilhar

O radialista e humorista Rodrigo Vieira Emerenciano, o Mução, 35 anos, foi transferido na manhã desta sexta-feira de Fortaleza, onde foi preso ontem acusado de participar de uma rede internacional de pedofilia, para o Recife. Ele chegou às 8h40 e foi levado para a superintendência da Polícia Federal (PF) para prestar depoimento.

Operação da PF cumpriu mandados de busca e apreensão em 11 Estados e também no Distrito Federal
Operação da PF cumpriu mandados de busca e apreensão em 11 Estados e também no Distrito Federal
Foto: Polícia Federal / Divulgação

A transferência aconteceu porque a ordem de prisão partiu da PF em Pernambuco e, além disso, Mução morava no Recife na época das investigações, de acordo com a assessoria de imprensa da PF-PE.

Após prestar depoimento, o radialista fará exames no Instituto Médico Legal (IML) e depois será levado para o presídio Cotel, no município de Abreu e Lima na região metropolitana do Recife.

Mução tem prisão temporária decretada por cinco dias e que pode ser prorrogada. O radialista, que nega as acusações, foi preso ontem na operação Dirtynet da PF, que desarticulou uma rede internacional de compartilhamento de material pornográfico infantil na internet.

Outras prisões

Ao todo, 32 pessoas foram presas por mandado ou em flagrante na operação Dirtynet, realizada em 11 estados e no Distrito Federal. Foram identificadas 160 pessoas que participavam do esquema. Destas, 97 vivem no exterior - em 34 países - e 63 residem no Brasil.

Os suspeitos - do sexo masculino e de diferentes idades, profissões e classes sociais - irão responder pelos crimes previstos nos artigos 241A e 241B do Estatuto da Criança e do Adolescente, que proíbem oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar, divulgar, fotografar, adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, imagens, vídeos, arquivos ou qualquer registro que contenham cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente. Se condenados, poderão pegar até seis anos de prisão.

No material ao qual os policiais tiveram acesso durante os seis meses de investigação, há fotos de crianças e adolescentes mostrando as partes íntimas, além de vídeos com adultos praticando sexo com crianças ou adolescentes e até mesmo menores de 12 anos praticando sexo entre si.

Segundo a investigação, os envolvidos integravam uma rede privada, criptografada, onde só é possível entrar com convite e aprovação dos outros membros. Cada um dos suspeitos identificados possuía acervos pessoais.

Rede internacional

A investigação descobriu que os brasileiros compartilhavam material de pornografia infantil ainda com outros usuários da internet em mais 34 países. A PF já comunicou os países envolvidos, por meio da polícia internacional (Interpol) para que seja dado prosseguimento às investigações com o objetivo de identificar todos os envolvidos. Segundo a delegada Diana, há também notícias de ações feitas pela polícia hoje no Reino Unido e na Bósnia e Herzegovina.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade