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Polícia

Peritos vão criar retrato-falado a partir do DNA de ossos

22 jun 2012 - 08h41
(atualizado às 10h22)
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O Laboratório de Antropologia Forense da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto desenvolveu uma pesquisa para elaborar um retrato-falado de uma pessoa anos depois de sua morte tendo como base apenas os ossos do cadáver. O trabalho iniciou em 2007 e é feito em parceria com as universidades de Toronto, no Canadá, e de Sheffield, na Inglaterra.

Os avanços da pesquisa foram apresentados pelo diretor do Centro de Medicina Legal de Ribeirão Preto e responsável pelo Laboratório de Antropologia Forense, Marco Aurélio Guimarães, durante o I Congresso Paulista de Medicina legal e Perícias Médicas que ocorre em São Paulo. Os resultados, no entanto, deverão ser concluídos apenas no ano que vem.

Foram selecionados 33 pontos do rosto humano para fazer o mapeamento do DNA e descobrir quais características do código genético estão associadas a determinadas peculiaridades da face. A ferramenta permitirá determinar se o cadáver não identificado era de uma pessoa de crânio globoso, como dos caucasianos, ou alongado, como dos negróides, qual o formato do nariz e da boca, o que resulta numa espécie de retrato-falado feito por computador, que poderá servir para familiares reconhecerem pela semelhança se determinado corpo é do parente desaparecido.

Guimarães explica que os peritos não enfrentam dificuldades só em desastres aéreos, mas também em ocorrências corriqueiras. "Os canaviais da região de Ribeirão Preto são escolhidos para muitos assassinos esconderem os corpos de suas vítimas e como a cana cresce muito depressa, são encontrados corpos abandonados há tanto tempo que não restam mais do que os ossos", exemplifica. Também quando há acidente de trânsito com queima do veículo, os peritos precisam trabalhar com ossos de corpos carbonizados e enfrentam problema semelhante.

Fonte: Terra
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