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Política

Grupo oferece processos da ditadura para a Comissão da Verdade

12 jun 2012 - 22h31
(atualizado às 22h33)
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O Grupo Tortura Nunca Mais se reuniu nesta terça-feira com a Comissão Nacional da Verdade para oferecer o acervo com 707 processos instaurados pelo Superior Tribunal Militar durante o período da ditadura (1964-1985). O material, gravado em microfilme e enviado para o exterior, foi repatriado no ano passado. Ele está sendo digitalizado e será disponibilizado ao público pela internet no site do Ministério Público Federal (MPF).

A presidente do Grupo Tortura Nunca Mais, a jornalista Rose Nogueira, explicou que o trabalho ainda não foi concluído porque parte dos arquivos está danificado. Segundo ela, a dimensão do projeto demonstra a importância da sociedade civil para preservação da memória do período ditatorial. "É um trabalho enorme da sociedade civil", ressaltou.

O grupo aproveitou a oportunidade para reivindicar da comissão que também investigue as violações de direitos humanos cometidas contra os povos indígenas. "Que os povos nativos em geral sejam, na minha opinião, objeto de uma subcomissão", defendeu Rose Nogueira.

Mais cedo, a comissão ouviu o sociólogo peruano Eduardo Gonzalez, diretor do programa Verdade e Memória do Centro Internacional para Justiça de Transição. Ele falou sobre a sua experiência na Comissão Peruana de Verdade e Reconciliação e de outras iniciativas semelhantes no mundo. Os conhecimentos técnicos deverão ajudar a balizar as atividades da comissão brasileira, informou a assessoria da Comissão da Verdade.

Agência Brasil Agência Brasil
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