Polícia: apartamento de executivo da Yoki tem mais freezers que o normal
5 jun2012 - 17h24
(atualizado em 7/6/2012 às 13h46)
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O delegado Jorge Carrasco, diretor do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo, disse na tarde desta terça-feira que o apartamento em que o executivo da Yoki Marcos Kitano Matsunaga morava tem mais refrigeradores "do que o normal". "Eles têm mais freezers e geladeiras que qualquer pessoa normal", disse Carrasco. O empresário foi assassinado com um tiro e depois esquartejado. Segundo a polícia, algumas partes do corpo haviam sido preservadas em um congelador. A mulher do executivo, Elize Matsunaga, é a principal suspeita do crime e foi presa temporariamente.
Marcos Kitano Matsunaga foi considerado desaparecido no dia 20 de maio. Partes do corpo foram encontradas em Cotia, na Grande São Paulo no dia 27. Na noite de ontem, a polícia fez diligências no apartamento do casal, na zona oeste da capital. No local, os policiais encontraram vestígios de sangue dentro de uma geladeira. "Ainda não sabemos se o sangue achado na geladeira é humano", disse Carrasco, que afirmou que ainda há oitivas a serem feitas, mas que, no momento, a prioridade da polícia é fechar a parte pericial.
O delegado também informou que foram encontrados, no apartamento, sacos da mesma cor daqueles que foram utilizados para colocar as partes do corpo esquartejado do executivo. "As partes encontradas estavam embaladas em saco plástico com uma característica não muito comum: com um filete vermelho. E esse tipo de saco foi encontrado no apartamento", disse Carrasco.
Elize foi presa na noite de ontem. Segundo o diretor do DHPP, ela era uma "exímia atiradora", um dos motivos que levou a polícia a pedir sua prisão. "Ela era uma exímia atiradora. Os dois faziam cursos de tiro e ele era colecionador. Isso é um indício importantíssimo. E ela também é destra, e o tiro na cabeça do empresário foi dado à queima-roupa pelo lado esquerdo. Esses indícios geraram a prisão temporária", disse Carrasco.
De acordo com a polícia, Elize doou três armas do marido à Guarda Civil Metropolitana de São Paulo pouco antes de ser presa, na noite de ontem. Uma das armas tinha calibre 380, o mesmo do tiro que matou o empresário, que era executivo chefe da Yoki. Segundo o delegado, a suspeita ainda não teve seu depoimento colhido. "Ela ainda não foi ouvida e não será ouvida hoje, pois tenho que concluir vários itens da investigação para que, depois, eu possa fazer o fechamento com o interrogatório dela", afirmou Carrasco.
A polícia trabalha com a hipótes de crime passional. Elize e Matsunaga eram casados há três anos e têm uma filha de 1 ano. Desde a prisão da mulher, a filha está com uma tia. Marcos era pai também de um filho de 3 anos, fruto de relacionamento anterior.
Mitsuo (centro), pai do empresário, acompanhou fala do padre durante sepultamento do empresário
Foto: Mauricio Camargo / Futura Press
Apenas nove pessoas acompanharam o enterro, no Cemitério São Paulo, na zona oeste
Foto: Leandro Martins / Futura Press
O sepultamento do empresário foi reservado a familiares
Foto: Mauricio Camargo / Futura Press
Matsunaga, de 40 anos, desapareceu no dia 20 de maio
Foto: Mauricio Camargo / Futura Press
Familiares do empresário deixaram a cerimônia sem falar com a imprensa
Foto: Mauricio Camargo / Futura Press
O advogado contratado pelo pai da vítima afirmou que o empresário e a mulher, presa suspeita de cometer o crime, não tinham histórico de brigas
Foto: Leandro Martins / Futura Press
Marcos Kitano Matsunaga, executivo-chefe da fabricante de alimentos Yoki, foi morto no final de maio
Foto: Reprodução
O diretor da Delegacia de Homicídios (DHPP), Jorge Carrasco, e os delegados Mauro Gomes Dias e Élson Alexandre Sayão deram entrevista coletiva nesta terça-feira sobre a prisão temporária da mulher de Matsunaga
Foto: Tércio Teixeira / Futura Press
Elise Matsunaga, a mulher do executivo da Yoki Marcos Kitano Matsunaga e principal suspeita da morte do empresário, foi transferida na tarde desta terça-feira para a cadeia de Itapevi, na Grande São Paulo
Foto: Carlos Pessuto / Futura Press
5 de junho
Foto: Terra
Chegada de Elize causou tumulto na delegacia na manhã desta quarta-feira
Foto: Adriano Lima / Terra
Acusada de assassinar o próprio marido, Elise dará o seu primeiro depoimento oficial nesta quarta
Foto: Adriano Lima / Terra
Elize cobriu a cabeça na chegada à delegacia e não falou com ninguém
Foto: Adriano Lima / Terra
A viúva Elize Matsunaga participou da reconstituição no apartamento do casal, na zona oeste de São Paulo
Foto: Alex Falcão / Futura Press
Entre as armas da coleção de Marcos Matsunaga recolhidas pela polícia na reconstituição estava um fuzil
Foto: Alex Falcão / Futura Press
Depois de Elize Matsunaga confessar que matou o marido - o executivo da Yoki, Marcos Matsunaga -, policiais fizeram a reconstituição do crime na noite desta quarta-feira
Foto: Alex Falcão / Futura Press
Foto: Terra
Elize se apresentava como Kelly, "uma loirinha muito carinhosa", em site de acompanhantes
Foto: MClass / Reprodução
Foto: Terra
Elize deixa a cadeia de Itapevi, na Grande São Paulo, para ser transferência ao Complexo Penitenciário de Tremembé
Foto: Diogo Moreira/Frame / Terra
Foto: Terra
Promotor José Carlos falou em uma coletiva de imprensa sobre a denúncia contra Elize Matsunaga
Foto: Terra
O advogado da família Yoki, Luis Flávio D'Urso, fala com a imprensa no Fórum Criminal da Barra Funda
Foto: J. Duran Machfee / Futura Press
O perito criminal do caso, Jorge Pereira chega a audiência de instrução e julgamento do caso Yoki, em que serão ouvidas testemunhas