PUBLICIDADE

Política

Militares reagem à fala de que investigação não tem dois lados

16 mai 2012 - 07h52
(atualizado às 08h01)
Compartilhar

O meio militar reagiu às declarações do diplomata Paulo Sérgio Pinheiro, um dos sete integrantes da Comissão da Verdade, que afirmou que "nenhuma comissão da verdade teve ou tem essa bobagem de dois lados, de representantes dos perpetradores dos crimes e das vítimas". O general da reserva Marco Antônio Felício da Silva afirmou que os representantes das Forças Armadas não devem comparecer à comissão, mesmo se convocados. O general foi o autor do manifesto assinado contra a criação da comissão que foi endossado por 1.568 militares da reserva, sendo 130 generais, além de 1.382 civis. As informações foram publicadas no jornal O Estado de S. Paulo .

A Comissão da Verdade foi criada pela Presidência para esclarecer violações de direitos humanos durante a ditadura militar. Os sete integrantes foram convidados pessoalmente pela presidente Dilma Rousseff. Com a ajuda de 14 auxiliares, eles terão a missão de ouvir depoimentos em todo o País, requisitar e analisar documentos que ajudem a esclarecer os fatos da repressão militar. O prazo para o trabalho de investigação é de dois anos. Conheça cada um dos membros da comissão:
A Comissão da Verdade foi criada pela Presidência para esclarecer violações de direitos humanos durante a ditadura militar. Os sete integrantes foram convidados pessoalmente pela presidente Dilma Rousseff. Com a ajuda de 14 auxiliares, eles terão a missão de ouvir depoimentos em todo o País, requisitar e analisar documentos que ajudem a esclarecer os fatos da repressão militar. O prazo para o trabalho de investigação é de dois anos. Conheça cada um dos membros da comissão:
Foto: Terra

O foco da Comissão da Verdade - que será oficialmente instalada nesta quarta - foi recriminado. Segundo Felício, a comissão "buscará de forma unilateral e sem a devida isenção, como prioridade primeira, o que chamam de verdade". Os ex-presidentes do Clube Militar, general Gilberto Figueiredo e Luiz Gonzaga Shroeder Lessa, também criticaram as declarações dos recém-nomeados integrantes da comissão. Ambos defendem o acompanhamento dos trabalhos por uma comissão paralela conjunta dos três clubes militares (Naval, Militar e Aeronáutica).

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade