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Cidades

RJ: moradores fazem protesto contra excesso de helicópteros

6 mai 2012 - 14h09
(atualizado às 14h35)
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Giulander Carpes
Direto do Rio de Janeiro

Manifestantes reclamam que não há fiscalização e os helicópteros têm infringido as regras de voo
Manifestantes reclamam que não há fiscalização e os helicópteros têm infringido as regras de voo
Foto: Giuliander Carpes / Terra

Cerca de 200 moradores dos bairros da Gávea, Jardim Botânico, Humaitá, Lagoa, Fonte da Saúde, Botafogo e Laranjeiras se reuniram neste domingo, no heliponto da lagoa Rodrigo de Freitas, para protestar contra o excesso de voos de helicóptero na região, zona sul do Rio de Janeiro. Os manifestantes reclamam que não há fiscalização e os helicópteros têm infringido as regras de voo pelo chamado "corredor do Humaitá".

"Anos atrás, o normal era termos uns seis voos pela região. Quando este número chega a 30 já fica insuportável para os moradores. Hoje, diariamente, passam 125 helicópteros por cima de nossas cabeças. No Carnaval, esse movimento chegou a 250", afirma o líder do movimento Jeffrey Brantly, morador do Jardim Botânico. "No Carnaval, havia um casal de amigos ingleses na minha casa. Fomos obrigados a sair de casa porque o barulho era tanto que não era possível nem conversar."

A principal reclamação dos moradores é contra os helicópteros turísticos que circulam o Cristo Redentor. Mas os particulares também incomodam, principalmente o do governador Sérgio Cabral, que levanta voos diários do heliponto localizado na Lagoa. "Eles não respeitam as regras. Precisam voar 120 metros acima do ponto geográfico mais alto. Mas voam logo acima de nossas cabeças. Uma hora vai acontecer um acidente", diz Brantly. "E os pousos e decolagens são momentos difíceis. Ocorrem no meio de regiões povoadas e demoram mais de cinco minutos. Imagina um monte de voos chegando e saindo o barulho intermitente que não faz."

Os moradores contam que representantes do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) explicaram não ter como fazer a fiscalização. "Abriram uma avenida por cima de nossas cabeças e ela não tem regras de trânsito", reclama Deborah Weimberg, uma das fundadoras do movimento Rio Livre de Helicópteros Sem Lei. "E existem outros problemas. Abrimos mão de certos confortos para morar em regiões silenciosas. Mas hoje elas viraram um inferno. E os helipontos ficam em parques próximos a locais onde brincam as crianças. No Horto, chegam a destelhar as casas."

Durante o ato, os moradores recolheram assinaturas para um abaixo-assinado que deve ser entregue na prefeitura.

Fonte: Terra
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