PUBLICIDADE

Política

Contag leva a Dilma queixa sobre pontos do Código Florestal

27 abr 2012 - 19h47
(atualizado às 21h55)
Compartilhar

Representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) criticaram nesta sexta-feira, em reunião com a presidente Dilma Rousseff, o texto do Código Florestal aprovado na Câmara dos Deputados, no último dia 25. Conforme os sindicalistas, a presidente não falou em decisão de veto, mas garantiu que vai "estudar o caso".

A presidente Dilma Rousseff, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alberto Broch, durante encontro com representantes Contag no Palácio do Planalto
A presidente Dilma Rousseff, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alberto Broch, durante encontro com representantes Contag no Palácio do Planalto
Foto: Wilson Dias / Agência Brasil

"Dissemos para a presidenta que dois pontos nos desagradam: a multa dos grandes produtores, que foi anistiada; e (o fato de) o Congresso Nacional ter igualado todo mundo, pequenos e grandes. Sempre lutamos por uma diferenciação", disse Alberto Broch, presidente da Contag, após se reunir com a presidente e ministros para entregar a pauta de reivindicações do Grito da Terra 2012.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, reiterou a posição de que o texto aprovado anteriormente no Senado tinha a preferência do governo. Ele também defendeu que deve haver uma diferenciação entre grandes e pequenos agricultores.

"Nesse processo, é importante preservar a questão ambiental e preservar a produção das pequenas propriedades. Não podemos tratar da mesma forma uma propriedade que tem 10 mil hectares e uma que tem 5 hectares. Numa primeira leitura, parece que esse equilíbrio não foi dado nesse texto (aprovado) do Código Florestal', afirmou.

O ministro foi questionado por jornalistas se, em caso de o governo decidir por vetar total ou parcialmente o texto aprovado, não haveria risco de derrubada do veto pelo parlamento e, consequentemente, de desmoralização para o governo da presidente Dilma Rousseff.

Pepe Vargas, entretanto, respondeu que a votação do Código Florestal deu uma indicação sobre a dificuldade de uma decisão desse tipo. "A votação (do Código Florestal) mostrou que é extremamente difícil derrubar um veto. A última votação nominal que aconteceu mostra que não é bem assim que se derrubam vetos", respondeu.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade