PUBLICIDADE

Secretário nega 'colapso' da CPTM e anuncia R$ 2 bi em melhorias

18 abr 2012 - 18h59
(atualizado às 19h14)
Compartilhar
Vagner Magalhães
Direto de São Paulo

O secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, afirmou nesta quarta-feira na Assembleia Legislativa de São Paulo que as sucessivas falhas nas linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) estão dentro do que se pode considerar "mundialmente aceitável" e que a população deverá sentir de forma mais efetiva os investimentos da companhia até o ano de 2014. "O sistema não está em colapso", disse.

"O sistema não está em colapso", defendeu Jurandir Fernandes
"O sistema não está em colapso", defendeu Jurandir Fernandes
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra

De acordo com dados da secretaria, foram verificadas 49 panes em 2010, 42 no ano passado e 14 até o último dia 10 de abril. Projetado para o ano, o número de falhas deve fechar 2012 em torno de 50. A CPTM classifica como falha um problema que atrase o usuário por mais de 20 minutos ou aquele em que seja necessário tirar os usuários da composição, obrigando o acionamento do sistema de transporte de ônibus.

"Somente em 2012, a companhia deverá aplicar cerca de R$ 2 bilhões em melhorias. Até 2014, toda a parte elétrica dos 520 km de linhas (260 km em cada sentido) será trocada", afirmou.

Aos deputados estaduais paulistas, ele justificou que nem todas as panes são provocadas por problemas nos trens e que fatores externos também contribuem. Ele citou, por exemplo, interrupções provocadas por enchentes durante as chuvas do último verão.

De acordo com ele, a sensação de falhas constantes se deve à velocidade da informação. "Hoje, qualquer problema é imediatamente comunicado à mídia. Há algumas falhas que, se não fosse isso, não se daria importância, de tão pequenas que são. O que é preciso é que as pessoas entendam essa realidade", diz.

Fernandes afirmou que a companhia está fazendo a modernização das linhas sem interromper o transporte, utilizando apenas o período noturno e, em alguns casos, os fins de semana. "Não é falta de investimento. É preciso que todos entendam que a transformação está acontecendo com os trens em movimento. Não há ilusões, metrô e trem não dão conta sozinhos no que diz respeito à mobilidade urbana. As cidades também precisam fazer a sua parte", diz.

Fonte: Especial para Terra
Compartilhar
Publicidade