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Política

Perillo: 'todo político importante de GO teve relação com Cachoeira'

9 abr 2012 - 08h58
(atualizado às 09h04)
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Depois do escândalo das gravações que mostraram a relação estreita do senador Demóstenes Torres (ex-DEM, sem partido-GO) com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acusado de comandar uma rede ilegal de jogos, o governador Marconi Perillo (PSDB) não tem dúvidas: "Numa hora como essa não dá para haver hipocrisia. Todos os políticos importantes de Goiás tiveram algum tipo de relação ou de encontro com o Carlos Ramos, como empresário e dono de indústria de medicamentos em Anápolis, que se relacionou durante muito tempo com várias personalidades da sociedade goiana", disse Perillo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador contou como conheceu Cachoeira ("há alguns anos, apresentado em uma festa pelo Fernando Cunha, que foi meu secretário de governo") e admitiu que conversou com Cachoeira, uma vez, por telefone, e que o recebeu, no palácio do governo, mas enfatiza que falaram de incentivos fiscais. "As poucas vezes em que estivemos juntos, ele pediu apenas apoio do governo em áreas em que todos os empresários têm direito, que são os incentivos fiscais para ampliação de empresas e de empregos", afirmou ele. "Encontrei Cachoeira em uma festa, e em uma conversa informal, ele me revelou que tinha abandonado o jogo, saído da contravenção e que era empresário trabalhando na legalidade. Acreditei. Eu acredito nas boas intenções das pessoas." Pegos nos grampos da PF em conversa com Cachoeira, sua chefe de gabinete Eliane Pinheiro, e o presidente do Detran, Edvaldo Cardoso, se demitiram na semana passada. Sobre Demóstenes Torres, Perillo afirmou que, até o estouro do escândalo, não tinha dúvida sobre "a correção" do senador. Cachoeira está preso desde fevereiro em Mossoró (RN).

Fonte: Terra
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