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Polícia

PF prende 7 pessoas suspeitas de venda clandestina de botox

3 abr 2012 - 09h26
(atualizado às 21h35)
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A Polícia Federal de Pernambuco, junto com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), deflagrou hoje a Operação Narke, que tem como alvo a venda ilegal de toxina botulínica (entre as marcas está o Botox) em oito Estados brasileiros, após nove meses de investigações. Sete pessoas foram presas em flagrante, sendo três médicos. Elas são suspeitas de vender o produto, utilizado principalmente para uso estético facial, sem autorização da Anvisa.

Contrabandear medicamentos é um crime hediondo, com pena mínima equivalente ao dobro para tráfico de drogas
Contrabandear medicamentos é um crime hediondo, com pena mínima equivalente ao dobro para tráfico de drogas
Foto: PF / Divulgação

As prisões ocorreram em Pernambuco, na Paraíba e em Minas Gerais. A operação se estendeu também aos Estados de São Paulo, Sergipe, Alagoas, do Rio Grande do Norte e do Piauí. Ao todo, foram cumpridos 22 mandados judiciais, sendo quatro de prisão temporária, cinco de condução coercitiva e 13 de busca e apreensão.

No mercado negro, a unidade da toxina é vendida por no máximo R$ 400, enquanto que o exemplar autorizado pode chegar a R$ 1 mil. Os produtos, depois de entrarem ilegalmente no País, são vendidos para médicos de diversas cidades em vários Estados do Nordeste.

As investigações da Polícia Federal indicaram que há pelo menos cinco anos o produto está em circulação no mercado ilegal e que os lucros da quadrilha seriam "vultosos". Segundo a PF, em um único dia os criminosos comercializaram R$ 5 mil.

Os envolvidos responderão por crime contra a saúde pública, contrabando e formação de quadrilha, com penas máximas de 15, três e quatro anos de prisão, respectivamente. Os crimes contra a saúde pública que consistem em falsificar, corromper ou adulterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais estão previstos na lei de crimes hediondos, sendo que sua pena mínima equivale ao dobro da pena prevista para o tráfico de drogas.

Toxina botulínica

Além da alardeada aplicação estética, a toxina botulínica também é utilizada largamente de forma terapêutica, inclusive para tratamento de disfunções neurológicas e motoras.

Operação Narke

O nome da operação vem da mitologia grega, segundo a explicação da Polícia Federal: o narcisismo tem o seu nome derivado de Narciso e ambos advêm da palavra grega narke, "entorpecido", de onde também é originada a palavra narcótico. Assim, para os gregos, Narciso simbolizava a vaidade e a insensibilidade.

Fonte: Terra
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