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Polícia

vc repórter: professora de filosofia teria ameaçado aluno no RS

2 abr 2012 - 17h56
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Uma suposta ameaça que teria sido feita por uma professora a um aluno na Escola Estadual Areal, em Pelotas, no Rio Grande do Sul, será investigada pela Delegacia da Criança e Adolescente do município.

O jovem C. J. C. N, de 17 anos, estudante do terceiro ano do ensino médio, teria sido ameaçado e ofendido na manhã da última sexta-feira por uma professora de filosofia, identificada apenas como Sônia. Segundo o menor, a professora teria se exaltado em sala de aula depois que ele sugeriu que as eleições para representante de classe fossem feitas durante a aula.

A professora teria chamado o adolescente de "insuportável", levando-o para a secretaria. Lá, a professora teria dito ao menino que tinha vontade de enforcá-lo, e que "iria atrás dele fora da escola", afirmou o estudante.

A mãe do menor, Cremilda Moraes da Costa, disse ter ficado chocada com a atitude da professora, e afirmou que o filho não tem histórico de confusões na escola. "Ele sempre foi um bom aluno, com boas notas. Ele deu uma sugestão e, do nada, a professora se estressou e saiu do controle", disse.

Ao ser chamada à escola pelo filho, Cremilda disse ter ouvido da vice-diretora Márcia, que "a professora teve vontade de esganar o jovem, mas que era apenas uma vontade, e não significava que a ameaça ia se cumprir". A representante do colégio teria ainda dito a mãe e filho que não chamassem a polícia para não "sujar o nome do colégio".

Assustado com o episódio, o menor entrou com um pedido de transferência e deve se matricular em um colégio particular. A mãe do estudante afirmou que o filho está traumatizado com a situação: "se ele está na rua, está com medo, achando que está sendo seguido", contou.

Mãe e filho decidiram fazer um boletim de ocorrência, ainda na manhã de sexta-feira, em que denunciam a professora por ameaça e injúria. O caso foi encaminhado para a delegacia da Criança e do Adolescente do município. A expectativa é que ambas as partes sejam ouvidas para esclarecer a situação.

De acordo com a 5ª Coordenadoria Regional de Educação, a direção da escola reportou um desentendimento entre aluno e professor, em que ambas as partes teriam trocado palavras ríspidas. O coordenador regional, Círio Almeida, afirmou que o estudante não tem histórico de comportamento agressivo, e que a professora é tida como uma profissional querida na instituição.

Segundo Almeida, uma equipe pedagógica e jurídica foi enviada para uma visita à escola, e deve conversar com a professora para obter detalhes do caso. A coordenadoria afirmou que a professora não foi afastada de suas funções e que continua lecionando na escola. Já Cremilda disse ter procurado um advogado e que pretende processar a escola e a professora.

Procurada pelo Terra, nenhum membro da diretoria do colégio foi encontrado para prestar esclarecimentos.

O internauta C. J. C. N, de Pelotas (RS), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

vc repórter
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