vc repórter: professora de filosofia teria ameaçado aluno no RS
Uma suposta ameaça que teria sido feita por uma professora a um aluno na Escola Estadual Areal, em Pelotas, no Rio Grande do Sul, será investigada pela Delegacia da Criança e Adolescente do município.
O jovem C. J. C. N, de 17 anos, estudante do terceiro ano do ensino médio, teria sido ameaçado e ofendido na manhã da última sexta-feira por uma professora de filosofia, identificada apenas como Sônia. Segundo o menor, a professora teria se exaltado em sala de aula depois que ele sugeriu que as eleições para representante de classe fossem feitas durante a aula.
A professora teria chamado o adolescente de "insuportável", levando-o para a secretaria. Lá, a professora teria dito ao menino que tinha vontade de enforcá-lo, e que "iria atrás dele fora da escola", afirmou o estudante.
A mãe do menor, Cremilda Moraes da Costa, disse ter ficado chocada com a atitude da professora, e afirmou que o filho não tem histórico de confusões na escola. "Ele sempre foi um bom aluno, com boas notas. Ele deu uma sugestão e, do nada, a professora se estressou e saiu do controle", disse.
Ao ser chamada à escola pelo filho, Cremilda disse ter ouvido da vice-diretora Márcia, que "a professora teve vontade de esganar o jovem, mas que era apenas uma vontade, e não significava que a ameaça ia se cumprir". A representante do colégio teria ainda dito a mãe e filho que não chamassem a polícia para não "sujar o nome do colégio".
Assustado com o episódio, o menor entrou com um pedido de transferência e deve se matricular em um colégio particular. A mãe do estudante afirmou que o filho está traumatizado com a situação: "se ele está na rua, está com medo, achando que está sendo seguido", contou.
Mãe e filho decidiram fazer um boletim de ocorrência, ainda na manhã de sexta-feira, em que denunciam a professora por ameaça e injúria. O caso foi encaminhado para a delegacia da Criança e do Adolescente do município. A expectativa é que ambas as partes sejam ouvidas para esclarecer a situação.
De acordo com a 5ª Coordenadoria Regional de Educação, a direção da escola reportou um desentendimento entre aluno e professor, em que ambas as partes teriam trocado palavras ríspidas. O coordenador regional, Círio Almeida, afirmou que o estudante não tem histórico de comportamento agressivo, e que a professora é tida como uma profissional querida na instituição.
Segundo Almeida, uma equipe pedagógica e jurídica foi enviada para uma visita à escola, e deve conversar com a professora para obter detalhes do caso. A coordenadoria afirmou que a professora não foi afastada de suas funções e que continua lecionando na escola. Já Cremilda disse ter procurado um advogado e que pretende processar a escola e a professora.
Procurada pelo Terra, nenhum membro da diretoria do colégio foi encontrado para prestar esclarecimentos.
O internauta C. J. C. N, de Pelotas (RS), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.