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Política

Militares da reserva comemoram 48 anos do golpe militar no Rio

31 mar 2012 - 19h21
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Militares da reserva comemoraram, na tarde deste sábado, os 48 anos do golpe militar sofrido pelo Brasil em 1964, em uma praia isolada na Barra da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro. Durante a celebração, militares paraquedistas saltaram de uma aeronave que trazia faixa com a inscrição "Parabéns Brasil! 31 de Março de 1964".

"Foi para comemorar a data da segunda independência do Brasil porque não esquecemos e para nós é motivo de orgulho, porque salvamos o Brasil do regime de força que seria imposto naquela época. Ou você acha que o pessoal que treinou em Cuba e se espelhou em Fidel Castro queria a democracia?", disse o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ). O parlamentar, que é militar, patrocinou a faixa e o aluguel do avião, "mas pode ficar tranquilo que não vai entrar na cota parlamentar", afirmou.

Segundo ele, se o tempo estiver bom na segunda-feira, o avião deve realizar um novo sobrevôo com a faixa pela praia de Copacabana. Ele criticou ainda o protesto realizado em frente ao Clube Militar dizendo que os manifestantes exibiam bandeiras do Psol e PDT e nunca haviam entrado em uma biblioteca "para saber o que foi o golpe militar de 1964". "Eles estavam ganhando alguma coisa para fazer aquilo, não estavam lá de graça", acusou.

Comissão Celso Daniel
Bolsonaro disse que vai apresentar na semana que vem um requerimento na Câmara de Deputados pedindo a criação da Comissão da Corrupção, "que será chamada Comissão Celso Daniel", em referência ao prefeito petista de Santo André assassinado em 2002.

"É exatamente igual a Comissão da Verdade (que investigada os crimes da ditadura), mas entra para o lado da corrupção, tortura... Os integrantes da comissão terão poderes para investigar o caso do Celso Daniel para chegar nos petistas que o executaram", afirma o deputado.

Segundo ele, a comissão poderá realizar diligências e pedir colaboração de acusados de envolvimento nos casos investigados. "Eu quero que o José Dirceu (ex-ministro da Casa Civil e apontado pelo Ministério Público como mentor do esquema de compra de votos) colabore com o Mensalão, quero que o José Genoíno colabore com os dólares encontrados na cueca do assessor do seu irmão, quero que a Dilma colabore com o carro bomba que matou o (soldado) Mario Kozel Filho em São Paulo (caso ocorrido em 1968)", afirmou.

Fonte: Terra
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