RJ: polícia pede câmera de parapente e ameaça autuar instrutor
- Giuliander Carpes
- Direto do Rio de Janeiro
O delegado Fabio Barucke, da 15ª Delegacia de Polícia (Gávea), solicitou ao instrutor Allan Figueiredo a câmera do parapente que conduzia na tarde de domingo durante o acidente que resultou na morte de Priscila Graziela Pereira, 24 anos, irmã do ator Fabrício Boliveira, na zona sul do Rio de Janeiro. Segundo Barucke, a câmera é o único item que falta ser recolhido para perícia. Ele afirmou que pode autuar Figueiredo por desobediência caso o instrutor não entregue a câmera que fica acoplada ao parapente para uma equipe da delegacia, que deve procurá-lo na tarde desta segunda-feira.
A polícia trabalha com duas causas para o acidente: falha humana ou técnica. O delegado apura crime de homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Barucke vai entrar em contato com a Associação Brasileira de Voo Livre para confirmar as informações passadas pelo instrutor de que o material havia sido vistoriado há cerca de dois meses, além de verificar a licença de atuação do profissional.
O instrutor, que fazia o voo duplo com a jovem, prestou depoimento logo após o fato e informou que o acidente ocorreu na segunda tentativa de voo - na primeira, Priscila teria caído durante o procedimento de decolagem.
No depoimento, o instrutor informou que Priscila - irmã do ator Fabrício Boliveira, que atuou nas novelas A Favorita e Sinhá Moça e no filme Tropa de Elite - escorregou do parapente quando estava a cerca de 15 m do solo, na praia do Pepino, em São Conrado. Figueiredo disse que percebeu a jovem caindo e tentou segurá-la, mas não conseguiu evitar a queda. Ainda não há informações dos motivos que levaram a garota, que passava férias no Rio de Janeiro, a se soltar dos equipamentos de segurança.