Após 20 dias, Hopi Hari reabre com visitantes 'sem medo'
- Rose Mary de Souza
- Direto de Campinas
O parque de diversão Hopi Hari em Vinhedo, interior de São Paulo, reabriu neste domingo após ficar fechado por mais de 20 dias depois da determinação do Ministério Publico que pediu vistoria em todos os brinquedos do local. A decisão da Justiça ocorreu após a morte da adolescente Gabriela Nichimura, 14 anos. A garota caiu do brinquedo Torre Eiffel na manhã de 24 de fevereiro por causa da falha na trava de segurança no assento. Ela despencou de uma altura de cerca de 30 m.
A reabertura do parque não teve uma previsão de número de visitantes, mas o estacionamento estava com 1/3 da capacidade até as 13 horas. Muitas pessoas, crianças, jovens e adultos fizeram fila para entrar no parque.
O domingo de sol foi um convite para quem quis conferir as atrações do parque mesmo após a tragédia e a interdição no parque fechado por dois finais de semanas. A reabertura foi condicionada a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para que sejam adotadas melhorias nas instalações dos equipamentos e adotados mais segurança aos visitantes.
Além da interdição por tempo indeterminado da Torre Eiffel, o Ministério Publico pediu reformulações nos Simulakron, que é um cinema em 3D onde o visitante balança e gira em um poltrona. O pedido é para a instalação de câmeras infra-vermelho e monitoramento de um técnico.
Outra atração que mereceu atenção da promotoria foi o West River Hotel, que é um tipo de trem fantasma onde o risco, segundo o MP, é com a limitação das rotas de fuga. Caso ocorra uma pane, por exemplo, o visitante terá que caminhar em barras de ferro energizadas. A Policia Civil prorrogou o inquérito por mais 30 dias e vai ouvir outras testemunhas nos próximos dias.
O grupo formado por Natan e Natana Teixeira, Maria José Pires e Rafael Angelo Pires estava euforico e ansioso para mais um visita ao Hopi Hari. Eles chegaram antes das 13 horas e foram imediatamente para a portaria para pegar o 'passaporte' e brincar a vontade.
"Depois de toda essa verificação das vistorias acho que os brinquedos estão até mais seguro que antes", disse Maria José, confiante de que fatalidades acontecem. "Acho que o que tem que acontecer, acontece, por isso, acho que agora tudo está bem mais seguro e podemos ficar mais a vontade dentro do parque".
"Eu tenho medo de altura, não iria na Torre e nem na montanha russa mas no resto, eu curto de tudo", disse Rafael.
O casal Angelica Aranha e Alexandre Portela ganharam os ingressos para o Hopi Hari e estavam apressados para 'embarcarem' nas atrações. "Eu tenho o costume de verificar uma, duas, três, um monte de vezes para me certificar se está tudo bem trancado, fechado, com segurança, por isso nunca me aconteceu nada, e se Deus quiser, né", disse a mulher.
