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PI: Calmon se diz 'mãe' do Judiciário e não se intimida com ataques

10 mar 2012 - 00h31
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Yala Sena
Direto de Teresina

A Corregedora Nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, afirmou nessa sexta-feira em Teresina (PI) que não vai se intimidar com as críticas, e se comparou a uma "mãe" para o Judiciário.

"Eu acho que sou aquela mãe que quer corrigir, porque quer bem. E é partir daí que vamos ter a correção. As mães concessivas não dão erradas", disse a corregedora, que veio para a capital piauiense receber comenda de mérito e participar da inauguração do Centro de Pacificação Social da Justiça Federal.

Atacada por recentes declarações de que quer "exército do bem contra juízes vagabundos", Eliana Calmon disse que trabalha para que seu maior legado seja o de combater a magistratura corrupta. Em Teresina, ela disse ainda que a Justiça, para funcionar, precisa dar um bom exemplo.

A ministra voltou a afirmar que as corregedorias não têm autonomia para investigar os juízes no próprio Estado. "É muito difícil julgar um juiz que você conhece, que você estudou com ele, que foi ao batizado dos filhos dele. É complicado. Nem a frieza da Suíça seria suficiente para isso. Mas é preciso que haja imparcialidade nesses julgamentos", disse a ministra.

Equívoco
A aparente divergência entre a ministra e o Tribunal de Justiça de São Paulo, segundo Eliana Calmon, foi resolvida em reunião com o presidente, o desembargador Ivan Sartori. Ela negou que tivesse lista contra juízes paulistas.

"O presidente (Ivan Sartori) veio pessoalmente falar e não tinha lista. Eu tinha um relatório da Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) que não dava nomes. Isso foi um equívoco. Aquela lista vazou de outra fonte, e não da Corregedoria", disse a ministra. Segundo ela, o presidente do TJ de São Paulo é um parceiro e disse: "estamos juntos".

O ministra informou ainda que analisará os precatórios da Justiça de São Paulo para agilizar ações. Calmon disse ainda que sua prioridade será a remoção de bens apreendidos pela justiça, que estão abandonados em depósitos, e as fiscalizações nos tribunais.

Fonte: Especial para Terra
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