PUBLICIDADE

Dilma promete telas no próprio gabinete para monitorar hospitais

8 mar 2012 - 19h55
(atualizado às 20h42)
Compartilhar

A presidente da República, Dilma Rousseff, afirmou nesta quinta-feira, Dia Internacional da Mulher, em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV, que seu gabinete terá monitores em que ela poderá observar o atendimento dos "principais hospitais" do País. Dilma anunciou que terá, "no meu gabinete, monitores ligados a câmeras, para que eu e meus assessores possamos ver como está o atendimento nos principais hospitais e como vai o andamento das grandes obras. É assim que nós, mulheres, gostamos de cuidar das coisas: vendo todos os detalhes, tintim por tintim".

Dilma disse hoje que sua "eleição reforçou o enaltecimento da mulher"
Dilma disse hoje que sua "eleição reforçou o enaltecimento da mulher"
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Segundo a presidente, o Ministério da Saúde deverá telefonar para todas as parturientes que foram atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e perguntar o que elas acharam do atendimento.

O discurso de Dilma garantiu que as mulheres, consideradas a "principal mola de propulsão" para vencer a miséria, continuarão a ser prioridade nos programas sociais do governo, já que elas são o "centro da família".

Dilma anunciou que, na segunda etapa do Minha Casa, Minha Vida a escritura das moradias do programa será feita em nome das mulheres - 47% dos contratos da primeira etapa do Minha Casa, Minha Vida foram assinados por mulheres. Esse percentual, portanto, será ainda maior no Minha Casa, Minha Vida 2.

A presidente criticou a diferença salarial entre os gêneros. "Nos últimos anos, a taxa de desemprego feminino vem caindo com mais força, mas ocupamos apenas 45% das vagas de trabalho disponíveis e continuamos recebendo menos que os homens pelo mesmo trabalho realizado. Isso tem que melhorar", afirmou, citando ainda a Lei Maria da Penha como um instrumento "poderoso" de combate à violência contra a mulher e elogiando decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

"Desde 2006, temos na Lei Maria da Penha um instrumento poderoso para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Há poucos dias, o Supremo Tribunal Federal fortaleceu o combate à violência doméstica ao decidir que se um homem agredir uma mulher será processado mesmo que ela não apresente denúncia e mesmo que ela retire a queixa. Nessa área, o governo federal também está fazendo a sua parte. Ainda este ano, vamos ampliar para 1,1 mil unidades os serviços de atendimento à mulher em situação de violência", anunciou.

Sobre as mudanças decorrentes de sua eleição, Dilma disse que "não podemos aceitar o falso triunfalismo, mas também não devemos nos render ao amargor derrotista. Sei que uma mulher que chegou à Presidência com milhões de votos de brasileiros e de brasileiras não poderá jamais ter uma atitude ressentida contra os homens. Mas sei, muito especialmente, que uma presidenta não pode ter uma política tímida, ultrapassada e meramente compensatória para as mulheres", avaliou a petista, concluindo que este "não é o século das mulheres contra os homens, é o século da mulher trabalhando ao lado do homem, de igual para igual, batalhando com fé e amor por sua família e por seu País".

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade