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Greve serviu para mostrar união dos 'tanqueiros', diz sindicato

8 mar 2012 - 08h27
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A greve dos motoristas de caminhões 'tanqueiros', que transportam combustível, promovida pelo Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo (Sindicam-SP), serviu para mostrar que a categoria está unida e deve facilitar próximas negociações com a prefeitura, de acordo com informações da assessoria de imprensa do sindicato. Os motoristas só retornaram ao trabalho nessa quinta-feira, com escolta da Polícia Militar (PM).

Em nota, o sindicato afirmou que após uma reunião de sete horas, na noite de quarta-feira, entre os dirigentes das entidades que representam os caminhoneiros autônomos no Estado de São Paulo com as lideranças dos caminhoneiros que transportam combustíveis, ficou combinado que haverá a regularização do abastecimento dos postos e foi enviado um ofício à PM solicitando a segurança de todos os caminhões carregados nos percursos de ida e volta.

O sindicato disse que havia acatado ainda no final da noite de terça-feira a decisão da a 7ª Vara da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que determinou que a categoria retomasse o abastecimento nos postos da cidade sob pena de multa diária de R$ 1 milhão. Conforme o sindicato, ainda não há planos de novas manifestações da categoria.

Entenda

Os transportadores de combustíveis protestam contra a restrição aos caminhões na Marginal Tietê, que entrou em vigor na última segunda e vale nos dias úteis, das 5h às 9h e das 17h às 22h.

O vice-presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros Autônomos, Claudinei Pelegrini, reclama que a restrição ao tráfego na Marginal é a quinta imposta pela prefeitura ao trânsito de caminhões na cidade. Segundo ele, em alguns casos, o trajeto feito para entrega de produtos pode subir em mais de 100 km caso os caminhões não possam passar pela Marginal Tietê.

O Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo (Sindicam-SP) representa 800 caminhões "tanqueiros", que transportam combustíveis na cidade paulista. Atualmente, 95% desses caminhoneiros são autônomos: trabalham em caminhões próprios e não estão vinculados a empresas. Por esse motivo, a greve promovida pelo sindicato conseguiu, em apenas três dias, causar uma crise de distribuição na cidade.

O Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo (Setcesp) afirma que as empresas de transporte de combustível são responsáveis por cerca de 5% do transporte do setor na cidade, mas é comum essas empresas não terem frota própria e também utilizarem trabalho terceirizado de autônomos.

Houve relatos de violência contra caminhoneiros que tentaram entregar combustível apesar da paralisação, o que levou o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) a pedir auxílio da polícia para garantir a entrega dos combustíveis.

"Infelizmente, essas manifestações estão ocorrendo de forma violenta, com depredações de diversos veículos e ameaças a funcionários e motoristas", disse o Sindicom em nota. "O Sindicom deu entrada na segunda na Justiça em pedidos de medidas cautelares, para assegurar proteção policial ostensiva ao trânsito dos caminhões-tanques de suas associadas. Aguardamos estas decisões para retomar as operações com segurança".

Só na terça, a Polícia Militar realizou pelo menos seis escoltas para garantir a entrega de combustíveis, mas segundo a assessoria de imprensa da corporação, alguns motoristas estão se recusando a fazer entregas mesmo com escolta por temores de que possam sofrer represálias posteriores.As escoltas estão sendo coordenadas pelo gabinete de crise criado pela Polícia Militar, que conta também com a participação da tropa de choque, da Polícia Rodoviária e de representantes da prefeitura. Além de escoltas, a PM também realiza policiamento preventivo para garantir segurança nas distribuidoras.

Fonte: Terra
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