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vc repórter: cadeira do Hopi Hari estava inoperante há 10 anos

1 mar 2012 - 14h44
(atualizado às 16h41)
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A assessoria de imprensa do parque Hopi Hari, localizado em Vinhedo, interior de São Paulo, afirmou, em contato telefônico com o Terra nesta quinta-feira, que a cadeira em que Gabriela Nichimura, 14 anos, estava sentada não era utilizada há 10 anos. A adolescente sofreu um acidente no brinquedo Torre Eiffel no último dia 24 e morreu no local. No entanto, o parque não soube informar o motivo pelo qual Gabriela sentou-se na cadeira naquele dia.

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A internauta Aline Rafaela, 25 anos, esteve no parque no dia 19 de janeiro deste ano, e afirmou que os funcionários do brinquedo Torre Eiffel instruíam os visitantes a não sentarem no local, mas sem explicar o motivo.

"Eles estavam instruindo os visitantes a não usar aquele banco, mas não havia nada que indicasse manutenção ou algo parecido. O pessoal sentava e quando os funcionários viam, pediam para trocar de cadeira sem explicar o motivo", afirmou Aline, em contato com o Terra.

A assessoria do parque afirmou ainda que não havia nenhum tipo de aviso para que a cadeira não fosse utilizada e que apenas a trava abaixada sugeria que o local não estava operando. Em condições normais, os bancos ficam abertos, com a trava suspensa até o alto, até que o usuário sente-se no brinquedo. Depois de acomodado, a trava é então colocada em posição contrária, para baixo, como medida de segurança. Esse procedimento é o que "segura" o usuário durante o curso da atração.

Apesar de ter sido a quarta vez que Aline, que é de Campinas, visitou o Hopi Hari, ela afirmou que ficou bastante assustada quando descobriu que a cadeira que Gabriela acidentou-se já estava em manutenção quando esteve no parque. "Fiquei assustada porque fui com duas crianças que estavam sob minha responsabilidade naquele dia. Poderia ter acontecido alguma coisa", explicou Aline.

O advogado da família da menina morta, Ademar Gomes, afirmou na quarta-feira que, no momento do acidente, a vítima estava em um banco que deveria estar interditado para uso. A informação contraria a versão dada por testemunhas, entre elas funcionários do local, que afirmaram que a menina estava em meio a duas pessoas. Segundo o advogado, Gabriela estava em um dos bancos das pontas, que, antes da queda, estaria interditado por apresentar problemas.

O advogado Bichir Ale Bichir Junior, que representa dois operadores do brinquedo Torre Eiffel, afirmou que seus clientes alertaram o parque sobre uma falha no assento ocupado por Gabriela. O alerta teria sido dado 15 minutos antes do acidente.

A internauta Aline Rafaela, de Campinas (SP), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

Imagem registrada no dia 19 de janeiro deste ano mostra cadeira inoperante
Imagem registrada no dia 19 de janeiro deste ano mostra cadeira inoperante
Foto: Aline Rafaela / vc repórter
vc repórter
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