vc repórter: cadeira do Hopi Hari estava inoperante há 10 anos
A assessoria de imprensa do parque Hopi Hari, localizado em Vinhedo, interior de São Paulo, afirmou, em contato telefônico com o Terra nesta quinta-feira, que a cadeira em que Gabriela Nichimura, 14 anos, estava sentada não era utilizada há 10 anos. A adolescente sofreu um acidente no brinquedo Torre Eiffel no último dia 24 e morreu no local. No entanto, o parque não soube informar o motivo pelo qual Gabriela sentou-se na cadeira naquele dia.
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A internauta Aline Rafaela, 25 anos, esteve no parque no dia 19 de janeiro deste ano, e afirmou que os funcionários do brinquedo Torre Eiffel instruíam os visitantes a não sentarem no local, mas sem explicar o motivo.
"Eles estavam instruindo os visitantes a não usar aquele banco, mas não havia nada que indicasse manutenção ou algo parecido. O pessoal sentava e quando os funcionários viam, pediam para trocar de cadeira sem explicar o motivo", afirmou Aline, em contato com o Terra.
A assessoria do parque afirmou ainda que não havia nenhum tipo de aviso para que a cadeira não fosse utilizada e que apenas a trava abaixada sugeria que o local não estava operando. Em condições normais, os bancos ficam abertos, com a trava suspensa até o alto, até que o usuário sente-se no brinquedo. Depois de acomodado, a trava é então colocada em posição contrária, para baixo, como medida de segurança. Esse procedimento é o que "segura" o usuário durante o curso da atração.
Apesar de ter sido a quarta vez que Aline, que é de Campinas, visitou o Hopi Hari, ela afirmou que ficou bastante assustada quando descobriu que a cadeira que Gabriela acidentou-se já estava em manutenção quando esteve no parque. "Fiquei assustada porque fui com duas crianças que estavam sob minha responsabilidade naquele dia. Poderia ter acontecido alguma coisa", explicou Aline.
O advogado da família da menina morta, Ademar Gomes, afirmou na quarta-feira que, no momento do acidente, a vítima estava em um banco que deveria estar interditado para uso. A informação contraria a versão dada por testemunhas, entre elas funcionários do local, que afirmaram que a menina estava em meio a duas pessoas. Segundo o advogado, Gabriela estava em um dos bancos das pontas, que, antes da queda, estaria interditado por apresentar problemas.
O advogado Bichir Ale Bichir Junior, que representa dois operadores do brinquedo Torre Eiffel, afirmou que seus clientes alertaram o parque sobre uma falha no assento ocupado por Gabriela. O alerta teria sido dado 15 minutos antes do acidente.
A internauta Aline Rafaela, de Campinas (SP), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.