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Polícia

Waldomiro Diniz é condenado a 12 anos de prisão por corrupção

1 mar 2012 - 13h05
(atualizado às 13h12)
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A Justiça condenou o ex-presidente da Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj) Waldomiro Diniz a 12 anos de prisão por corrupção passiva e crime contra a lei de licitações, além do pagamento de multa no valor de R$ 170 mil. A decisão da juíza Maria Tereza Donatti, da 29ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, se baseia em denúncia apresentada após Diniz ser flagrado, em 2004, negociando propina com o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, para financiar campanhas políticas. O escândalo originou a CPI dos Bingos, em 2005.

Na última quarta-feira, Carlinhos Cachoeira foi preso durante uma operação da Polícia Federal contra uma quadrilha especializada em explorar máquinas de caça-níquel e em jogo do bicho.

"Ficou suficientemente comprovado que a 'negociata' entre os réus Waldomiro e Carlos Ramos visava interesses pessoais e também de políticos que seriam beneficiados com as tais 'doações', muito embora a renda da Loterj devesse ser 'destinada aos projetos de interesse social relacionados à segurança pública, à educação, ao desporto, à moradia e à seguridade social'", afirma a juíza na sentença.

"Condutas como essa é que comprometem a credibilidade de determinados agentes públicos e políticos do nosso País, a exigir dura resposta do Poder Judiciário", completou.

As denúncias contra Diniz datam de 2004, quando ele ocupava o cargo de ex-subchefe da Casa Civil, que na época era comandada por José Dirceu. Em vídeo, Diniz aparecia pedindo propina a Carlos Cachoeira, solicitando contribuições à campanha de 2002 de Geraldo Magela (PT) ao governo do Distrito Federal, e às de Benedita da Silva (PT) e Rosinha Garotinho (então no PSB) ao governo do Rio. Em troca, o então presidente da Loterj prometia ajudar uma empresa Cachoeira em licitações.

Fonte: Terra
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