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Polícia

PM abre sindicância para investigar morte de jovem no Rio

20 fev 2012 - 15h15
(atualizado às 15h16)
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A Políca Militar do Rio de Janeiro informou, nesta segunda-feira, que abriu uma sindicância para apurar as responsabilidades da morte de um adolescente de 14 anos, ocorrida na madrugada de hoje, após um tiroteio entre policiais e traficantes de uma comunidade próxima à Marquês de Sapucaí, onde milhares de pessoas acompanhavam o primeiro dia dos desfiles das escolas de samba do Rio. Além do jovem morto, mais quatro pessoas ficaram feridas.

Segundo a versão policial, o confronto ocorreu durante uma operação para deter um dos chefes do tráfico do morro São Carlos, norte da capital. O morro onde o incidente foi registrado fica próximo ao sambódromo. Ainda conforme a polícia, dois dos feridos seriam traficantes. Revoltados, moradores atearam fogo em um carro da polícia. Eles acusam a PM de ter entrado atirando nos moradores enquanto participavam de uma festa de Carnaval nos bares da região de acesso ao morro de São Carlos.

A PM divulgou uma nota oficial hoje, afirmando que "por volta das 3h30, policiais que estavam posicionados nos principais do Morro do São Carlos receberam uma denúncia de que o marginal Marcílio Cheru de Oliveira, mais conhecido como Menor Cheru, participava de acessos numa festa de Carnaval numa rua da comunidade. A denúncia partiu de moradores do São Carlos, como ocorreu no episódio da prisão do marginal Aline Popozuda, o que significa confiança no trabalho policial na comunidade. Ao notar a presença dos policiais, Menor Cheru tentou fugir, mas foi preso. Para resgatar o comparsa, bandidos em duas motos se posicionaram disparando contra os policiais."

Ao chegarem ao local, os policiais foram recebidos a tiros. No confronto, um disparo atingiu o peito do adolescente, que é suspeito também fazer parte do grupo de traficantes, segundo a polícia. Familiares da vítima e outros moradores negam.

Entre os feridos estão Marcílio de Oliveira, 24 anos, conhecido como Cheru, e Paulo Roberto Barros dos Santos, 24 anos, e conhecido como Dorei. Segundo a polícia, ambos são responsáveis pelo tráfico no morro. A operação foi iniciada depois que a polícia recebeu uma denúncia de que Cheru estaria aproveitando o Carnaval para se reunir com amigos em um bar da comunidade.

O tiroteio ocorreu somente uma semana depois que 11 pessoas foram detidas nesta mesma comunidade, todas acusadas de integrar ou apoiar o grupo liderado por Cheru. Entre os detidos, figura o capitão da UPP São Carlos, instalada no local há um ano para inibir a ação dos traficantes.

Fonte: Terra
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