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Polícia

Após assembleia, policiais e bombeiros encerram greve no Rio

13 fev 2012 - 21h49
(atualizado às 22h17)
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Marcus Vinícius Pinto
Direto do Rio de Janeiro

Policiais militares, civis e bombeiros do Rio de Janeiro encerraram a greve na noite desta segunda-feira. A decisão foi tomada após uma assembleia que durou cerca de duas horas na sede de um sindicato no Centro da capital fluminense.

Ana Paula Matias, mulher do sargento Matias, que está preso na penitenciária de Bangu 1, leu um comunicado elaborado em conjunto pelas categorias anunciando o fim da greve e afirmando que a luta agora é pela soltura dos homens que estão presos.

"Nossa luta pela dignidade dos homens que arriscam sua vida pela população e que recebem o pior salário do Brasil continua. A luta não é mais por dignidade salarial, mas por dignidade humana", afirmou ela. "Manter esses homens presos em Bangu 1 é contra a Constituição. O Rio de Janeiro vive um regime de exceção." O comunicado afirma ainda que não existe greve, porque o grupo paralisado "nunca deixou de atender à população".

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (Sinpol), Fernando Bandeira, afirmou que todos os grevistas voltam ao trabalho à 0h de terça-feira. "O fim da greve mostra um respeito à população, ao turista, ao Carnaval e aos heróis que estão presos", afirmou. Ele acrescentou que "o movimento foi vitorioso".

Apesar da decisão conjunta, Bandeira fez uma ressalva e disse que o movimento não está totalmente encerrado. "A greve está suspensa e depois do Carnaval cada categoria vai convocar uma assemleia pra decidir o que fazer na sequência pra que esses homens sejam libertados."

A greve no Rio

A greve de policiais civis, militares e bombeiros do Rio de Janeiro começou no dia 9 de fevereiro. A opção pela paralisação foi ratificada em assembleia na Cinelândia, no Centro, que reuniu pelo menos 2 mil pessoas.

Dois dias depois, alegando falta de adesão, os policiais civis deixaram o movimento. A orientação do movimento era que apenas 30% dos policiais civis ficassem nas ruas durante a greve, mas o clima era de normalidade na maior parte do Estado.

Os militares foram orientados a permanecer junto a suas famílias nos quartéis e não sair para nenhuma ocorrência, o que deveria ficar a cargo do Exército e da Força Nacional, que já haviam definido preventivamente a cessão de 14,3 mil homens para atuarem no Rio em caso de greve.

Policiais e bombeiros exigem piso salarial de R$ 3,5 mil. Atualmente, o salário base fica em torno de R$ 1,1 mil, fora as gratificações. O movimento grevista quer também a libertação do cabo bombeiro Benevenuto Daciolo, detido administrativamente na noite de quarta-feira e com prisão preventiva decretada, acusado de incitar atos violentos durante a greve de policiais na Bahia.

Fonte: Terra
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