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Polícia

SP: preso suspeito de espancar travesti e o jogar em matagal

11 fev 2012 - 17h24
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Wagner Carvalho
Direto de Bauru

A Polícia Militar identificou e prendeu na madrugada deste sábado o suspeito de espancar um travesti encontrado ontem em um matagal em Bauru, no interior de São Paulo. Carlos Augusto Jerônymo Pinto, 30 anos, teria agredido Evelyn, que ficou por 30 horas em um mato próximo a um motel da cidade. A vítima afirmou ter ficado 30 horas aguardando socorro e que chegou a comer grama para se hidratar.

A polícia chegou ao suspeito após a vítima relatar que, poucos metros depois de ser deixada no matagal, o carro do suposto agressor atolou e, por isso, ele precisou chamar um guincho para retirar o veículo do lugar. Câmeras de segurança de um estabelecimento próximo ajudaram na identificação da empresa que realizou o socorro.

Na noite de sexta-feira, os policiais visitaram a oficina que teria prestado socorro ao dono do Corsa de mesmas características passadas pela vítima. O dono do estabelecimento confirmou ter feito o socorro e deu a identificação do proprietário.

Assim, os policiais chegaram a um sítio do acusado, em Duartina, mas foram informados pelo caseiro do local que ele havia viajado para Bauru, onde mantém sua casa. Ao chegarem na residência, no condomínio Andorinhas, os oficiais encontraram o veículo apontado e a mãe do suspeito. Após aguardarem, Pinto chegou e foi preso.

Pinto foi levado para o plantão policial e o delegado Francisco Bromati Filho pediu sua prisão temporária, que pode variar de cinco a 30 dias de detenção. No entanto, até as 14h de hoje, o pedido não havia sido analisado pela Justiça. Caso a prisão seja acatada, ele será encaminhado para a cadeia de Duartina (SP). Enquanto isso, ele continua detido em uma cela da delegacia.

De acordo com a polícia, Pinto tem histórico de agressão contra homossexuais. Pelo menos dois transexuais da cidade já teriam sido agredidos por ele. Ele também possui passagens por furto, tráfico de drogas e roubo. Recentemente, ele deixou a cadeia onde cumpria pena.

A vítima foi encontrada com uma das pernas quebrada e com marcas de facas por todo o corpo. Evelyn relatou aos membros da Associação Bauru pela Diversidade (ABD) que foi abordada pelo rapaz próximo a um hipermercado instalado cidade, na avenida Nações Unidas na madrugada de quinta-feira. Depois de ser agredida, torturada e ameaçada por mais de três horas, ela foi jogada no matagal. A vítima foi encontrada por um motociclista que passava pelo local na manhã ontem por volta das 11h.

Evelyn ficou cerca de 30 horas em um matagal
Evelyn ficou cerca de 30 horas em um matagal
Foto: Reprodução
Fonte: Especial para Terra
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