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Política

Romário critica lentidão da Câmara: 'há 3 semanas nada acontece'

9 fev 2012 - 17h14
(atualizado às 18h21)
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O deputado federal e ex-jogador de futebol Romário de Souza Faria (PSB-RJ) expressou indignação na madrugada desta quinta-feira com a lentidão dos trabalhos na Câmara. Segundo ele, em três semanas de comparecimento à Casa após o recesso de janeiro, "nada acontece". Ele se referia principalmente à suspensão das votações de quarta-feira devido à falta de acordo entre líderes partidários e à alegação de falta de tempo hábil para estudar as propostas.

Romário está indignado com a morosidade das votações na Câmara
Romário está indignado com a morosidade das votações na Câmara
Foto: André Araújo / Agência Brasil

"Espero que na minha próxima vinda a Brasília tenha alguma p* pra fazer. Ou será que o ano realmente só vai começar depois do carnaval? Têm greves acontecendo, pessoas morrendo e lojas sendo saqueadas. Nós políticos somos culpados mesmo! E olha que estamos em ano de eleição. Espero que alguma coisa realmente boa seja feita pelo nosso povo", desabafou, tanto em postagem em seu site como por meio de sua conta no Twitter.

Romário atacou especificamente a situação da proposta de emenda à Constituição PEC 300/08, do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), que prevê um piso salarial nacional para os policiais militares e bombeiros do País, e da PEC 270/08, da deputada Andréa Zito (PSDB-RJ), que garante ao servidor aposentado por invalidez permanente o direito a proventos integrais equivalentes aos dos funcionários públicos em atividade.

"Tem absurdo que só acontece na política brasileira, principalmente na minha casa, na Câmara Federal. Acredito que seja por falta de objetividade e de sensatez algumas das coisas lamentáveis que acontecem no nosso País. Claro que nada tem que ser levado para o lado da violência e muito menos da baderna, mas temos que resolver o problema dos policiais. (...) Já está claro, e inclusive aceito pelo próprio sindicato, que o salário não será equiparado aos policias de Brasília, mas, com todo respeito, um policial carioca não pode ganhar menos de R$ 1 mil. E os policiais de outros Estados também não podem ganhar menos do que têm direito. Antecipadamente, já digo que vou votar a favor dos policias. Não me venham com conversa fiada lá na frente e nem com pedidos", afirmou.

Sobre a votação da PEC 270, o deputado foi irônico. "Uma PEC que tramita na casa há quatro anos não foi votada essa semana porque os parlamentares alegaram falta de tempo hábil para concluir se ela é positiva ou negativa para o povo. (...) Pediram para que a votação aconteça depois do Carnaval. Será que o que não conseguiram resolver em quatro anos vão conseguir resolver em duas semanas?"

O deputado ainda se pronunciou em relação ao acolhimento das emendas propostas na Câmara. "Meu partido é 100% governo e é incrível como, na hora de empenhar suas emendas, todos os deputados reclamam. E o pior é que existem partidos que são oposição e as emendas desses parlamentares sempre são aceitas. Nada contra eles, mas isso é só uma pequena lembrança", lamentou, sem deixar barato nem mesmo para o presidente do PSB. "Outra coisa que gostaria muito é que o presidente do meu partido, Eduardo Campos, atendesse às minhas ligações. Há dois meses tento dar uma resposta que ele me pediu e, até agora, nada", completou o parlamentar.

Fonte: Terra
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