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Polícia

BA: oficiais da PM decidem amanhã se aderem à greve

8 fev 2012 - 16h13
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Os oficiais da Polícia Militar da Bahia marcaram para esta quinta-feira, às 18h, assembleia para decidir se aderem à paralisação da corporação, que entrou nesta quarta no nono dia. A reunião foi convocada pela Associação dos Oficiais da Polícia Militar da Bahia, que representa cerca de 1,6 mil militares.

Familiares tentam entregar água aos policiais que estão em greve
Familiares tentam entregar água aos policiais que estão em greve
Foto: Marcello Casal / Agência Brasil

A adesão dos oficiais à greve parece cada vez mais iminente. Ontem à noite, um grupo de cerca de 50 oficiais-tenentes foi ao prédio da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) prestar solidariedade aos policiais que ocupam o local desde a terça-feira da semana passada.

Ao chegarem à área da AL onde se concentra grande parte dos manifestantes, os oficiais foram recebidos pelos colegas com a frase: "a PM parou!". No local, eles se juntaram e fizeram orações.

A greve

A greve dos policiais militares da Bahia teve início na noite de 31 de janeiro. Cerca de 10 mil PMs, de um contingente de 32 mil homens, aderiram ao movimento. A paralisação provocou uma onda de violência em Salvador e região metropolitana. O número de homicídios dobrou em comparação ao mesmo período do ano passado. A ausência de policiamento nas ruas também motivou saques e arrombamentos. Centenas de carros foram roubados e dezenas de lojas destruídas.

Em todo o Estado, eventos e shows foram cancelados. A volta às aulas de estudantes de escolas públicas e particulares, que estava marcada para 6 de fevereiro, foi prejudicada. Apenas os alunos da rede pública estadual iniciaram o ano letivo.

Para reforçar a segurança, a Bahia solicitou o apoio do governo federal. Cerca de três mil homens das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança foram enviados a Salvador. As tropas ocupam bairros da capital e monitoram portos e aeroportos.

Dois dias após a paralisação, a Justiça baiana concedeu uma liminar decretando a ilegalidade da greve e determinando que a Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) suspenda o movimento. Doze mandados de prisão contra líderes grevistas foram expedidos.

A categoria reivindica a criação de um plano de carreira, pagamento da Unidade Real de Valor (URV), adicionais de periculosidade e insalubridade, gratificação de atividade policial incorporada ao soldo, anistia, revisão do valor do auxílio-alimentação e melhores condições de trabalho, entre outros pontos.

Agência Brasil Agência Brasil
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