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Polícia

BA: governador nega anistia e diz que grevistas são criminosos

4 fev 2012 - 16h47
(atualizado às 18h00)
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O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), fez duras críticas contra as entidades policiais que comandam a greve da categoria no Estado. Fazendo uma ligação direta entre o crime organizado e os sindicatos da Polícia Militar paralisados, o petista negou acordo que inclua anistia de agentes envolvidos em depredação do patrimônio público. A greve entrou neste sábado no seu quarto dia e a capital baiana vive uma onda de violência que matou mais de 50 pessoas.

O governador da Bahia, Jaques Wagner, fez duras críticas contra as entidades policiais que comandam a greve da categoria
O governador da Bahia, Jaques Wagner, fez duras críticas contra as entidades policiais que comandam a greve da categoria
Foto: Manu Dias/Secom / Divulgação

"Se alguém depreda carro da polícia, qualquer coisa dessa é crime, independente de quem o cometeu. Na defesa do seu interesse, estaríamos dizendo ao marginal que ele rouba para conquistar dinheiro, então qual é a diferença? Protocolaram (pedido de anistia) no mesmo dia da assembleia, mostra de que estavam predispostos a fazer a barbaridade, como estão fazendo. A determinação era anterior. Depreda-se e depois busca anistia. A anistia é o salvo-conduto para a barbaridade", disse no final da manhã o governador.

Wagner ainda descreveu como "guerra psicológica" a estratégia dos sindicatos policiais. "É uma tentativa de guerra psicológica. Coloca o povo a sofrer, mas não tenho dúvida de afirmar que parte disso é cometido por ordem dos criminosos que se intitulam líderes do movimento". O governador declarou que o Carnaval em Salvador está garantido e que as Forças de Segurança federais permanecem o tempo que for necessário.

A greve dos policiais militares da Bahia, que completou neste sábado quatro dias, motivou uma onda de violência na capital. Desde a quarta-feira, a região metropolitana de Salvador tem mais de 50 homicídios, o que representa 117% de aumento na comparação com o mesmo período do ano passado.

A ausência de policiamento nas ruas causou dezenas de saques e violência em todo o Estado. Só na sexta, 58 carros foram roubados e algumas lojas arrombadas e saqueadas. Cerca de 3 mil militares da Força Nacional e de unidades das Forças Armadas estão sendo enviados ao estado para fazer a segurança da população. Mais 4 mil militares da 10ª Região Militar, em Fortaleza, no Ceará, podem ser deslocados para reforçar o policiamento na Bahia.

Com informações da Agência Brasil.

Fonte: Terra
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