SP: protestos ocorrem na casa de acusada de matar 33 animais
SP: protestos ocorrem em frente à casa de acusada de matar 33 animais
22 jan2012 - 15h47
(atualizado às 16h42)
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Vinicius Pereira
Direto de São Paulo
Após uma manifestação tranquila do movimento "Crueldade Nunca Mais" na avenida Paulista, alguns manifestantes seguiram até a Vila Mariana, em São Paulo, para protestar em frente à residência de uma mulher suspeita de matar 33 animais, entre gatos e cachorros. De acordo com a organização do movimento, que pede leis e punições para quem cometer crimes contra animais, não houve qualquer orientação para que as pessoas se deslocassem para outro lugar, o que ocorreu sem o consentimento dos líderes do evento.
Gritando "assassina" e "covarde", cerca de 70 pessoas começaram a protestar por volta das 13h30 contra Dalva Lina da Silva, a acusada de matar mais de 30 animais na semana passada. "Não tenho palavras para descrever o que ela fez. É abominável. Ela ficou presa por pouco tempo e pagou uma fiança ridícula. O povo vai começar a fazer justiça", afirmou Leonardo Ricceti, 27 anos, que protestava em frente à residência.
"Eu moro há oito anos aqui e a única coisa que eu sabia é que ela tinha uma adoração por animais, além de ser maio instável psicológicamente. Mas acho válido o protesto, desde que seja pacífico", afirmou uma vizinha de Dalva que não quis se identificar.
Seis policiais em três viaturas realizavam a segurança do local. De acordo com o tenente Domingues, que coordenava a operação, ocorreram abusos por parte da população que manifestava. "Pessoas que estavam na casa de Dalva foram agredidas hoje e nós estamos aqui para manter a ordem", declarou.
Os manifestantes afirmaram que um homem não identificado, que estava dentro da residência os teria ameaçado, mostrando uma arma de fogo. Algumas pessoas afirmaram que iriam registrar um boletim de ocorrência. "Ele mostrou uma revólver na cintura, como se dissesse que ia nos matar", afirmou Aline Caires, 27 anos.
Cerca de 30 minutos após o início da manifestação, as pessoas deixaram o local e seguiram em direção à residência do ex-marido de Dalva, no mesmo bairro. Havia suspeita de que a mulher teria saído de casa para não ouvir a manifestação.
Mesmo depois de terem se certificados de que Dalva não estava na casa do ex-marido, os manifestantes continuaram em frente ao local. "(os manifestantes) Eles nos agrediram, jogaram pedras no meu carro. Eu só soube do caso da Dalva pela televisão", afirmava Marlene Alves, mãe do ex-marido da acusada, mostrando alguns arranhões no braço.
O movimento "Crueldade Nunca Mais" organizou neste sábado diversas manifestações pedindo uma punição mais severa contra crimes aos animais. De acordo com o movimento, 155 cidades no Brasil devem ter algum tipo de protesto.
O caso
O Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) de São Paulo deteve na madrugada do dia 13 de janeiro uma mulher suspeita de matar 33 gatos e cachorros, e jogar os corpos na rua. A Polícia Militar (PM) recebeu denúncias de maus tratos e localizou a mulher no bairro Vila Mariana. Os animais foram encontrados em sacos de lixo em frente à casa.
Na garagem da residência, havia diversas gaiolas para transporte de animais. Um detetive foi contratado por um grupo de protetores de animais, que desconfiou da atitude da suspeita, pois ela adotava um grande número de bichos. Ela chegou a ser vista jogando os animais mortos no lixo.
Segundo a PM, a mulher foi liberada porque o caso é considerado de menor potencial ofensivo. Ela afirmou que recebeu os cães e gatos doentes e tentou tratá-los, mas como não obteve sucesso, aplicou anestésico para que cinco deles morressem sem dor.
Apesar de não ser solicitado pela organização, muitos levaram seus animais de estimação para a passeata
Foto: Fernando Borges / Terra
Manifestantes foram encorajados a levar cartazes para a avenida Paulista contrários a maltratos em animais
Foto: Fernando Borges / Terra
Organização pediu que pessoas não sorrissem nas fotos por não haver motivos para tal
Foto: Fernando Borges / Terra
Cão é hidratado durante caminhada pela avenida Paulista
Foto: Fernando Borges / Terra
Manifestação Crueldade Nunca Mais reivindica penas mais duras contra quem maltrata animais
Foto: Fernando Borges / Terra
Milhares de pessoas compareceram à avenida Paulista para protestar
Foto: Fernando Borges / Terra
Cachorro 'sorri' para foto durante passeata
Foto: Fernando Borges / Terra
Cachorros se conhecem durante manifestação em São Paulo
Foto: Fernando Borges / Terra
Além de São Paulo, manifestação acontece em outras cidades do Brasil e do mundo
Foto: Fernando Borges / Terra
Manifestantes se reuniram no vão livre do Masp para protestar em SP
Foto: Mgambrosio / Reprodução
Manifestante pinta o rosto para participar do protesto 'Crueldade Nunca Mais'
Foto: Mgambrosio / vc repórter
Manifestante customiza roupa com frase em prol de protesto contra violência animal
Foto: Mgambrosio / vc repórter
Crianças também participaram do protesto em São Paulo, na Avenida Paulista
Foto: Mgambrosio / vc repórter
Os protestos no município de Tietê, em São Paulo, contaram com a presença de crianças e um mascote
Foto: Lu Baffi / vc repórter
A praça Dr. Elias Garcia foi o palco do protesto 'Crueldade nunca mais' no município de Tietê
Foto: Lu Baffi / vc repórter
De acordo com uma das organizadoras do evento, cerca de 150 pessoas participaram do protesto em Blumenau
Foto: Jaime Batista da Silva / vc repórter
A concentração para o evento aconteceu na Prainha, onde foi possível assinar ao abaixo-assinado contra a crueldade animal
Foto: Jaime Batista da Silva / vc repórter
Com o coro "Crueldade nunca mais, respeite os animais", os manifestantes buscaram chamar a atenção da população
Foto: Jaime Batista da Silva / vc repórter
Os manifestantes caminharam da Prainha em direção à prefeitura com faixas e animais de estimação
Foto: Jaime Batista da Silva / vc repórter
Em Blumenau, moradores aderiram à campanha 'Crueldade Nunca Mais' e fizeram uma caminhada pela cidade
Foto: Jaime Batista da Silva / vc repórter
Em São José do Rio Preto, o dia também foi de protestos nas ruas
Foto: Vinicius Del Rio / vc repórter
Com o rosto pintado, manifestante pediu o fim da violência contra os animais
Foto: Vinicius Del Rio / vc repórter
Em São José do Rio Preto, as manifestações se concentraram em frente à represa municipal, no bairro Jardim Seixas
Foto: Vinicius Del Rio / vc repórter
Em Campinas, a população se reuniu durante a manhã para se juntar aos protestos nacionais
Foto: Eliane Saboto / vc repórter
Cartaz pede rigor nas punições aos agressores de animais
Foto: Eliane Saboto / vc repórter
Centenas de pessoas se reuniram no Centro Cívico de Campinas para o 'Crueldade Nunca Mais'
Foto: Eliane Saboto / vc repórter
Parte dos manifestantes compareceu ao protesto acompanhada de seus animais de estimação
Foto: Eliane Saboto / vc repórter
Menino segura faixa de protesto contra agressão aos animais, em Campinas
Foto: Eliane Saboto / vc repórter
Em todo o País, moradores de mais de 180 cidades participaram do protesto 'Crueldade Nunca Mais'
Foto: Caroline Muller / vc repórter
O Largo da Ordem foi um dos pontos de encontro de manifestantes em Curitiba
Foto: Caroline Muller / vc repórter
A cidade de Viçosa, em Minas Gerais, também aderiu às manifestações pelos direitos dos animais
Foto: Roberto D''Arte / vc repórter
Segundo a organização do movimento "Crueldade Nunca Mais", 155 cidades no Brasil tiveram algum tipo de protesto
Foto: Roberto D''Arte / vc repórter
Segundo o movimento, o protesto ocorre também em Nova York, Los Angeles e Tóquio
Foto: Roberto D''Arte / vc repórter
Com faixas, cartazes, cães e gatos, manifestantes percorreram ruas do centro de Viçosa
Foto: Roberto D''Arte / vc repórter
No Rio de Janeiro, a passeata ocorreu na praia de Copacabana
Foto: José Carlos Pereira de Carvalho / vc repórter
Cariocas participam de passeata pelos animais na avenida Atlântica, em Copacabana
Foto: José Carlos Pereira de Carvalho / vc repórter