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Polícia

PR: polícia indicia 8 donos de postos por fraude em combustível

20 jan 2012 - 12h34
(atualizado às 12h40)
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Roger Pereira
Direto de Curitiba

A delegacia especializada em crimes contra o consumidor de Curitiba indiciou nesta sexta-feira oito donos de postos de combustíveis da capital paranaense por suspeita de envolvimento na fraude e adulteração das bombas de combustíveis. Os proprietários eram clientes da empresa Power Bombas, de Cleber Salazar, que apareceu em uma reportagem do programa Fantástico explicando como realizava adulterações. Uma fiscalização realizada pelo Instituto de Pesos e Medidas (Ipen) encontrou os lacres das bombas violados nos oito postos. Os suspeitos prestaram depoimentos nesta semana e negaram envolvimento com o esquema. No entanto, nenhum conseguiu explicar o fato de as bombas estarem sem lacre.

"Eles negaram qualquer participação no esquema, disseram desconhecer a existência de placas que adulteram a quantidade de combustível abastecida, mas não conseguiram explicar porque os lacres estavam rompidos, o que é um forte indício de adulteração. Mexeram nas bombas sem autorização", disse o delegado Jairo Estorílio, informando que, mesmo sem confissões ou provas mais contundentes, os proprietários de postos estão sendo indiciados com base na lei 8176/91, que regulamenta a venda de combustíveis. A venda irregular prevê uma pena de um a cinco anos de prisão.

O delegado contou, ainda, que a perícia nos computadores apreendidos na empresa de Salazar teve avanços. Ele não informou, no entanto, o que já foi descoberto. "Nosso objetivo agora é chegar na origem das placas", afirmou. Estorílio disse acreditar que os dez dias em que Salazar esteve em prisão temporária foram suficientes para coletar todas as provas e, por isso, não vê necessidade de pedir a prisão preventiva do acusado.

A delegacia de crimes contra o consumidor deve ouvir hoje mais dois proprietários de postos que estavam com os lacres rompidos na inspeção do Ipen na semana passada. Na próxima semana, outros sete proprietários de postos que não foram fiscalizados pelo Ipen, mas foram denunciados pela Associação Brasileira de Combate à Fraude, também devem depor. "Mesmo um mês depois da gravação da reportagem, com tempo suficiente para eles se desfazerem das provas, nós vamos conseguir provar a fraude", disse o delegado.

Fonte: Especial para Terra
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