Jornal: secretário de Alckmin diz que PT 'consolidou' crack em SP
17 jan2012 - 09h25
(atualizado às 09h29)
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Matéria divulgada nesta terça-feira pelo jornal Folha de S.Paulo traz a declaração dada pelo pré-candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo Andrea Matarazzo, secretário estadual de Cultura, que responsabilizou o PT pela disseminação do crack na cidade. "O governo do PT consolidou o crack na região central", disse. "O crack foi consolidado no governo do PT e foi crescendo e crescendo." A reportagem afirma que, em sua declaração, Matarazzo se referia indiretamente à gestão da petista Marta Suplicy na prefeitura da capital (2001-04).
A declaração foi dada pouco antes do segundo debate entre os concorrentes à chapa tucana, em uma universidade em Santo Amaro. O secretário estadual de Energia e pré-candidato, José Aníbal, também aproveitou a polêmica sobre a operação da Polícia Militar na cracolândia para criticar o governo federal. "Hoje o SUS não financia o tratamento dos dependentes químicos", disse. Já o presidente municipal do PSDB, Júlio Semeghini, secretario estadual de Planejamento, fez um balanço da ação da PM e defendeu Alckmin."A operação pode ter alguns desvios, mas o objetivo é único, resgatar as pessoas."
A um quarteirão do "Churrasco da Gente Diferenciada - Versão Cracolândia", que ocorria na tarde deste sábado na rua Helvetia, centro de São Paulo, um grupo de usuários de crack aproveitava um descuido do policiamento e fumava abertamente
Foto: Hermano Freitas / Terra
Salsichão assado era servido em pães franceses distribuídos pelos organizadores
Foto: Hermano Freitas / Terra
Dezenas de quilos de carne, frutas e vinagrete foram adquiridos, preparados e distribuídos gratuitamente
Foto: Hermano Freitas / Terra
Mais de 40 organizações, incluindo o Psol-SP, deputados estaduais de esquerda, o movimento Ocupa Sampa e a Marcha da Maconha distribuíam pão com salsichão
Foto: Hermano Freitas / Terra
A Ação da Cidadania contra a Fome arrecadou um montante em dinheiro de doações, com o qual comprou carvão e alimentos, mas colaborações espontâneas de pessoas que foram ao evento tornaram impossível contabilizar tudo o que foi consumido
Foto: Hermano Freitas / Terra
O sucesso foi enorme entre os participantes, além de moradores de rua das proximidades e também dos usuários que circulavam pela região
Foto: Hermano Freitas / Terra
Entidades de defesa dos direitos humanos colocaram cartazes de protesto contra a presença policial no perímetro e distribuíram um manifesto contra a ação policial na Cracolândia, classificada por eles como higienista e intencionada a criminalizar a miséria
Foto: Hermano Freitas / Terra
O padre Júlio Lancelotti, da Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de São Paulo, exaltou o evento e criticou a operação policial no centro. "Você vê algum grande traficante aqui? Quem está aqui é o usuário, apenas. Quem lucra com a Cracolândia está bem longe daqui. Esta foi uma operação policial midiática"